Primeiro, um vídeo polémico. Depois, um pedido de desculpas. A artista Sia respondeu às críticas que têm pairado sobre o novo videoclip, a propósito da canção “Elastic Heart”, que o associam à ideia de pedofilia. A cantora australiana serviu-se da rede social Twitter para se desculpar: “A minha intenção era criar conteúdo emocional, não queria incomodar ninguém”.

Na peça com pouco mais de cinco minutos, a dançarina profissional Maddie Ziegler, de apenas 12 anos, contracena com o ator norte-americano Shia LaBeouf, um nome já associado a controvérsia ou a arte mal interpretada (seja exemplo disso o facto de ter aparecido nu no polémico filme “Ninfomaníaca”, de Lars Von Trier). O par — ele surge a usar roupa interior e ela um body, ambas as peças da cor da pele — dança e interage no interior de uma gaiola de metal de grandes dimensões.

“Tendo em conta a diferença de idades e a intimidade da performance, [o vídeo] consegue ser muito desconfortável de assistir”, escreve o Washington Post. Já o Guardian explica que este representa uma relação entre o ser-se velho e novo ou, talvez, uma relação entre pai e filha. O Buzzfeed aborda o referido desconforto e a questão parental e diz que estas foram as principais reações do público.

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As críticas mais recentes descrevem o videoclip de “assustador” e “perturbador”, mas também há espaço para elogios, com os adjetivos “fascinante” e “emocionalmente forte” a virem à tona. Não obstante, o impacto foi grande e houve, inclusive, comentários a sugerir “abuso infantil”. A propósito disso, Sia escreveu no Twitter que antecipava sugestões de pedofilia associadas à curta-metragem, acrescentando que tanto Maddie como Shia eram dois dos poucos atores que podiam representar os diferentes estados de espíritos da cantora.

https://twitter.com/Sia/status/553023264646123520

O conceito de polémica não é novo na carreira da artista. Em tempos, Sia confessou ter vícios e problemas de saúde mental — as confissões foram feitas através da música e nas poucas vezes em que se dirigiu à comunicação social. À Billboard falou em alcoolismo e ao New York Times recordou ter abusado de antidepressivos, entre outras substâncias, depois de ter sido diagnosticada com bipolaridade.