Carlos Abreu Amorim acusa os partidos da Oposição de se “estarem a colocar ao serviço da estratégia de defesa de Ricardo Salgado” ao insistirem em pedir esclarecimentos ao Presidente da República sobre os encontros entre Cavaco Silva e o ex-presidente do Banco Espírito Santo. O deputado do PSD lembra que nunca um presidente da República depôs numa comissão de inquérito porque o parlamento não tem poderes de fiscalização sobre o titular deste cargo e justifica assim o chumbo aos requerimentos apresentados pelo PS, que pedia um depoimento por escrito, e pelo Bloco de Esquerda e PCP.

O deputado socialista Pedro Nuno Santos, sublinha que o objetivo não é fiscalizar o Presidente, mas sim clarificar que informação foi dada por Salgado a Cavaco Silva. É importante saber o que se transmitiu sobre o impacto da crise do GES no banco, numa altura em que estava em marca o aumento de capital. O deputado socialista pergunta em que medida a prestação de declarações de esclarecimento por parte do presidente “pode ajudar a estratégia de defesa de Ricardo Salgado? A “estratégia do ex-presidente do BES é a de criar confusão. E isso acontece a partir do momento em que Ricardo Salgado faz uma carta que cria confusão e que os partidos da Oposição vão atrás”, responde Abreu Amorim.

Já o primeiro-ministro, que responde ao Parlamento, poderá responder por escrito, não obstante Passos Coelho ter dito já este fim de semana que não tinha nada a acrescentar sobre o BES. Os requerimentos foram votados antes do início da audição de João Moreira Rato na comissão parlamentar de inquérito aos atos de gestão do Banco Espírito Santo e Grupo Espírito Santo.

 

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