Adnan Syed foi condenado pelo homicídio da ex-namorada Hae Min Lee em 2000, mas graças a “Serial” vai poder recorrer da sentença, 15 anos depois. O protagonista do podcast que já bateu recordes no iTunes vai ter aquela que é a “melhor hipótese” de conseguiu um novo julgamento por um crime que ocorreu em 1999, diz a Associated Press.

Na sexta-feira, o tribunal de recurso de Maryland [equivalente aos nosso tribunais da Relação], nos Estados Unidos da América, deferiu o pedido de Syed para recurso da sentença e as partes vão ser ouvidas em junho. Justin Brown, advogado da defesa, afirmou que era historicamente difícil conseguir que um tribunal volte a ouvir casos como o de Adnan Syed. “Agora, a porta está aberta”, acrescentou.

Adnan Syed tem 34 anos e está a cumprir uma sentença de prisão perpétua na prisão de Maryland pelo estrangulamento, em 1999, da ex-namorada Hae Min Lee. Em 2013, Sara Koenig, repórter e produtora da rádio pública norte-americana, regressou à história, depois de ter recebido um email de uma amiga de Adana, Rabia Chaudry, e passou a contá-la semanalmente num podcast que está a colar milhões de fãs aos auscultadores.

O protagonista de “Serial” foi condenado com base no depoimento de Jay, amigo do casal, que disse ter ajudado Adnan a enterrar o corpo de Hae Min Lee, mas Sara Koenig tem dúvidas sobre se Adnan terá tido um julgamento justo. Quinze anos depois, Adnan conseguiu uma nova hipótese de ser ouvido.

Cada episódio de “Serial” já foi descarregado 3,4 milhões de vezes, segundo o The Guardian. Sara Koenig ainda está em reportagem, mas o sucesso do podcast já está a fazer mexer os tribunais.

 

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