Ouvir o nome de Francisco Franco equivale a pensar no homem ou, pelo menos, na figura que, durante 36 anos, governou em Espanha com um pulso ditatorial. Antes de chegar ao poder, em 1939, contudo, e antes até de liderar o golpe de Estado que, quatro anos antes, culminou na Guerra Civil espanhola, o General Franco tornou-se Chefe do Estado Maior das Forças Armadas do país. E quanto ganhava por isso? 2.429,98 pesetas mensais, na antiga moeda espanhola. Parece muito, mas, à época, a verba equivalia pouco mais do que os 14 euros atuais.

Isto tendo em conta a taxa de câmbio atual. Porque o valor real, segundo o El País, que consultou milhares de documentos cedidos pela Fundação José María Castané à Residencia de Estudiantes, um centro cultural em Madrid, o salário de Franco, à época, tendo em conta o custo de vida de então, representaria cerca de 5.260 euros.

Para chegar a este valor, o diário consultou um especialista que recorreu ao método de cálculo (baseado na tabela de atualização dos preços de consumo no país) definido por Jordi Malaquer, professor catedrático da Universidade Autónoma de Bellaterra, em Barcelona. “Trata-se de uma referência utilizada por historiadores económicos, que foi aprovada pelo Banco de Espanha”, salvaguardou o investigador.

Este salário, aliás, é bastante inferior ao auferido atualmente por Fernando García Sánchez Almirante-Geral das Forças Armadas espanholas, o mais alto cargo na hierarquia militar do país — 118.701,86 euros brutos, por mês.

Em 1975, ano da morte de Francisco Franco e do fim do regime que liderou em Espanha, o ditador já auferia perto de 768 mil pesetas, montante equivalente a acerca de 4.600 euros, tendo apenas em conta a taxa de câmbio hoje utilizada para a já obsoleta moeda espanhola.

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