O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras confirmou à agência Lusa a detenção de dois alegados terroristas espanhóis no aeroporto Francisco Sá Carneiro, na Maia, procurados pelas autoridades espanholas.

Os dois homens tentavam embarcar num voo para Caracas, na Venezuela, com passaportes falsos. Um deles, José Naya Gil, já foi condenado à prisão por associação criminosa e pertencia à Resistência Galega. Também já foi condenado a onze anos de prisão por “crimes de participação em organização terrorista e por colocação de artefactos explosivos”. José Naya Gil aguardava a resposta ao recurso em liberdade.

Este é um movimento armado a favor da independência da Galiza. Em 2010, o homem foi considerado terrorista pelo Supremo Tribunal de Espanha.

Os detidos serão agora ouvidos em tribunal.

Héctor Naya Gil foi julgado em outubro de 2014 pela Audiência nacional juntamente com Xurxo Rodríguez Oliveira, já condenado por uma outro motivo, e Diego Santín Montero por colocarem três explosivos nas instalações da rádio e televisão no monte Sampaio, em Vigo.

Em fevereiro, o ministro espanhol do Interior, Jorge Fernández Diaz, disse, em Lisboa, que o grupo terrorista Resistência Galega pretendia instalar uma base logística no norte do país, considerando “imprescindível” a colaboração com Portugal.

Após um encontro com a ministra portuguesa da Administração Interna, Anabela Rodrigues, o ministro espanhol adiantou que o grupo terrorista Resistência Galela, “uma organização muito pequena” e “não comparável à ETA”, pretende “ter no norte de Portugal algum tipo de base logística”.

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