“A ministra das Finanças é tão competente a governar quanto é incompetente a falar”, disse este domingo, 24 de maio, Marcelo Rebelo de Sousa no seu habitual espaço de comentário, na TVI. Marcelo acusou Maria Luís Albuquerque de causar ruído numa semana que, na sua opinião, correu bem à coligação.

“A ministra das Finanças todos os dois meses diz uma coisa que é um pontapé na cabeça da coligação”, continuou, referindo-se às declarações de Maria Luís Albuquerque no último sábado, em Ovar, num evento promovido pela JSD. A ministra disse que “é honesto dizer aos portugueses que vai ser preciso fazer alguma coisa sobre as pensões para garantir a sustentabilidade da Segurança Social”.

“E essa alguma coisa pode passar, se for essa a opção, por alguma redução mesmo nos atuais pensionistas. Se isso for uma distribuição mais equilibrada e razoável do esforço que tem de ser distribuído entre todos, atuais pensionistas, futuros pensionistas, jovens a chegar ao mercado de trabalho, se essa for a solução que garante um melhor equilíbrio na distribuição desse esforço, é aí que nos devemos focar”, afirmou Maria Luís Albuquerque.

Para Marcelo Rebelo de Sousa, o “grande problema do futuro político” da ministra passa por “arranjar uma maneira de falar como age e não de agir como fala”. Até lá, as consequências estão à vista: “Isto vai demorar, agora, ao primeiro-ministro dois a três dias a vir dizer ‘Não, ela tem toda a razão. O que estava a dizer era que se for necessário para a sustentabilidade nós, honestamente e criteriosamente, defendemos isso”. [Mas] O que os pensionistas ouvem é ‘Queres ver que vão cortar? Eles tinham dito que não, que iam aliviar e não cortar'”, argumenta o político.

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MAI dá “má impressão do Governo”

A ministra da Administração Interna também foi alvo das críticas do ex-líder do PSD. Para Marcelo Rebelo de Sousa, Anabela Rodrigues “parece que está a engolir o que disse [quando há uma semana se tinha demarcado da política do seu antecessor] e já aceitou discutir o estatuto da PSP e da GNR”.

E acrescentou: “Eu fico preocupado. A quatro meses e meio do fim do governo ainda não saber se aceita ou não o estatuto das forças policiais dá muito má impressão do Governo.”