O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Sérvia exigiu hoje à Bósnia a “condenação pública” da “tentativa de assassinato” do primeiro-ministro sérvio Aleksandar Vucic, apedrejado durante a cerimónia do 20.º aniversário do massacre de Srebrenica.
“Esperamos uma condenação pública, por parte das autoridades bósnias, da tentativa de assassinato do primeiro-ministro da Sérvia”, escreveu o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Sérvia numa mensagem enviada ao seu homónimo na Bósnia.
Forçado a abandonar o local, rodeado por guarda-costas, Aleksandar Vucic disse aos jornalistas que tinha sido atingido por uma pedra na boca, mas não ficou ferido.
As imagens mostram o corpo de segurança do primeiro-ministro a protegê-lo de objetos arremessados na sua direção. Suzana Vasiljevic, que integra a equipa do governante, contou à agência que Aleksandar Vucic foi atingido com uma pedra na cara que lhe partiu os óculos.
A comitiva abandonou de seguida o Memorial de Potocari, na Bósnia-Herzegovina, onde Vucic tinha acabado de pôr uma flor à frente do monumento onde se encontram os nomes das mais de 6.200 vítimas identificadas e enterradas no local, vítimas do massacre de 1995 de Srebrenica.
Antes de se deslocar à cidade, Vucic condenou “o monstruoso crime” de Srebrenica, na Bósnia Herzegovina, que consistiu na matança de cerca de 8.000 muçulmanos, pelas tropas servio-bósnias, há precisamente 20 anos.
Dezenas de milhares de pessoas, incluindo familiares das vítimas e sobreviventes, deslocaram-se hoje a Srebrenica, no leste da Bósnia Herzegovina, para participar nas cerimónias que marcam o 20.º aniversário do massacre de mais de 8.000 homens e rapazes muçulmanos, uma matança classificada como genocídio pela justiça internacional. No entanto, a Sérvia recusa-se a reconhecer o genocídio, considerando o crime de “monstruoso”.