Uma grande revolução na medicina foi encapsulada num pequeno comprimido. A comercialização do primeiro medicamento feito numa impressora 3D foi aprovada pela Food and Drug Administration, (FDA, em siglas), órgão que regula a saúde pública norte-americana.

O medicamento chama-se Spritam, é produzido pela Aprecia Pharmaceuticals e serve para controlar as convulsões provocadas pela epilepsia. A impressão do comprimido permite uma maior manipulação das doses e uma maior concentração de componentes. A farmacêutica norte-americana assegura que o sistema de impressão consegue concentrar até 1 miligrama em cada comprimido.

Com a técnica de impressão 3D, as instituições médicas terão a oportunidade de ajustar a dose de cada comprimido através de um software, algo que até hoje era um processo extremamente dispendioso. “Nos últimos 50 anos temos manufaturado comprimidos nas fábricas e distribuímos os produtos para os hospitais. Com a impressão 3D conseguimos produzir medicamentos a pensar nas necessidades de cada paciente em particular”, disse à BBC Dr. Mohamed Albed Alhnan, professor de ciências farmacêuticas na Universidade de Central Lancashire.

Além disso o medicamento adota a tecnologia ZipDose, processo que facilita a ingestão de medicamentos de doses elevadas. O Spritam dissolve-se da mesma forma que outros medicamentos orais, mas a uma velocidade muito maior.

Apesar de já estar aprovado, o Spritam só chega ao mercado em 2016 e só poderá ser adquirido mediante receita médica. A Aprecia Pharmaceuticals já garantiu que deverá usar esta tecnologia em outros medicamentos.

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