A Áustria vai construir uma vedação ao longo da sua fronteira com a Eslovénia, também um Estado-membro da União Europeia, para tentar abrandar o fluxo de migrantes, anunciou esta quarta-feira a ministra do Interior Johanna Mikl-Leitner.

“Trata-se de assegurar a entrada controlada e ordeira no nosso país, não de fechar a fronteira”, disse a governante à rádio pública austríaca Oe1.

A Áustria tem sido, através do seu chanceler, tem sido um dos países que mais críticas tem feito ao fecho de fronteiras e à falta de apoio de alguns países de leste às centenas de milhares de migrantes que estão a chegar à Europa vindos da Síria e do Afeganistão, principalmente.

Em dificuldades para lidar com a quantidade de migrantes que estão a entrar nas suas fronteiras, a Eslovénia está a ponderar invocar a cláusula de solidariedade prevista nos tratados da União Europeia e pedir formalmente ajudar à União Europeia, incluindo apoio militar.

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Segundo o jornal financeiro britânico Financial Times, que cita fontes não identificadas, o governo esloveno está a discutir a hipótese de acionar o artigo 222 dos tratados, que prevê ajudar militar aos Estados-membros que são afetados por catástrofes.

Com uma população de apenas dois milhões, a Eslovénia recebeu 84 mil pessoas nos últimos 10 dias. Para ajudar a gerir a situação, o governo esloveno colocou o Exército no terreno, e pediu às empresas de segurança privada para darem apoio à polícia.

Só entre segunda-feira e terça-feira, a Eslovénia recebeu cerca de 8 mil migrantes, mais que o total de pessoas no Exército esloveno.