O nome apontado como o possível embaixador dos EUA para a União Europeia mostra pouca fé na moeda única e acredita mesmo que o euro “pode colapsar no próximo ano, ano e meio. A única coisa que eu faria em 2017 era apostar na queda do euro”, disse Ted Malloch em entrevista à BBC.

Na entrevista dada à estação britânica, Malloch alerta que não é o único a ter esta opinião: “Um homem tão aclamado como Joseph Stiglitz – economista do Banco Mundial — escreveu um livro inteiro sobre este assunto”. As declarações acontecem na véspera da visita da primeira-ministra britânica, Theresa May, e quando o Reino Unido está em plena negociação do Brexit, que domina o debate interno desde junho. É neste contexto que o homem que tudo indica que Trump vai escolher para representar os EUA na UE coloca um desafio: um acordo de comércio livre entre Reino Unido e Estados Unidos.

“Washington e Londres poderiam celebrar um acordo de comércio livre, nos 90 dias sequintes a ser ativado o artigo 50º para sair da União Europeia”, disse Ted Malloch, ou depois de, noutras palavras, o Reino Unido poder “ignorar os burocratas de Bruxelas”: “Recordo as pessoas que as maiores fusões e aquisições da história são muitas vezes feitas dentro desse período de tempo”. E acredita nas capacidades do presidente Donald Trump para convencer Theresa May: “Alguns de nós que trabalhámos em Wall Street ou na City sabemos que se tiverem as pessoas certas na sala certa com os dados certos e a energia certa — e Trump tem seguramente essa alta energia — conseguem-se coisas”. Já sobre a posição europeia de proibir que o Reino Unido inicie negociações do género com outros países enquanto ainda faz parte da União Europeia, a resposta é num estilo próprio:

“Quando a tua mulher está a ter um caso com outra pessoa, tu pedes-lhe para parar, mas na maior parte das vezes isso não acaba com aquela relação”

Ted Malloch também diz que Trump será um presidente que privilegiará as relações bilaterais, em vez de relações com “organizações supra nacionias. Ele acredita em estados-nação e que a União Europeia ultrapassou a sua marca” e, diz ainda o possível futuro embaixador americano na UE, também “acredita que a União Europeia, nos últimos anos, se inclinou fortemente para a Alemanha”.

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