Responsáveis do Facebook disseram esta quarta-feira ao Congresso dos EUA que a rede social vendeu espaço publicitário a uma empresa russa que pretendia atingir grupos específicos de eleitores, revela o jornal Washington Post.

De acordo com a publicação, a rede social identificou a empresa a quem vendeu os anúncios, um negócio que totaliza 100 mil dólares. Trata-se de uma empresa que já foi ligada à propaganda pró-Kremlin.

Segundo as fontes do jornal americano, os anúncios referiam diretamente os nomes dos candidatos, Donald Trump e Hillary Clinton, e exibiam mensagens sobre temas fracturantes como a discriminação racial e os direitos dos homossexuais.

A revelação por parte do Facebook surge no âmbito da investigação especial que o Congresso dos EUA está a fazer à interferência da Rússia nas eleições norte-americanas e que conta com um procurador nomeado especialmente para o efeito, Robert Mueller.

O Washington Post escreve ainda que o gasto da empresa russa em publicidade no Facebook é relativamente pequeno em comparação com os custos reais das campanhas, mas mostra que houve efetivamente interesses russos a entrar na campanha eleitoral norte-americana. Pelo menos na divulgação de mensagens políticas dirigidas a grupos específicos de eleitores.

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