Boris Johnson – o ministro dos Negócios Estrangeiros britânico – quer construir uma ponte de 35 quilómetros (km) ao longo do Canal da Mancha para estimular a comunicação e as ligações do Reino Unido com França no pós-Brexit.
O chefe da diplomacia britânica apresentou a proposta a Emmanuel Macron, durante a cimeira anglo-francesa, explicando que é “ridículo” que duas das maiores economias mundiais estejam ligadas apenas por uma linha ferroviária. Segundo o The Guardian, o presidente francês gostou da ideia e concordou com a premissa de que uma segunda ligação entre os dois países deve ser construída.
Durante a cimeira, Macron ofereceu-se para emprestar a famosa tapeçaria Bayeux ao Reino Unido, como um gesto de amizade, e sugeriu que os dois países estão a construir “uma nova tapeçaria juntos” com vários acordos bilaterais em relação à cultura, à segurança, à arte e ao comércio.
Mais tarde, Boris Johnson publicou no Twitter uma fotografia em que surge com Emmanuel Macron e escreveu “En marche! Ótimas reuniões com os homólogos franceses”. Umas horas antes, já tinha deixado transparecer a ideia da nova ponte, ao escrever “o nosso sucesso económico depende de boas infraestruturas e boas ligações. Deve o Euro-túnel ser apenas um primeiro passo?”.
En marche ! Great meetings with French counterparts today pic.twitter.com/D73B1rSkd3
— Boris Johnson (@BorisJohnson) January 18, 2018
So much important work in #UKFRSummit outcomes, but I’m especially pleased we are establishing a panel of experts to look at major projects together. Our economic success depends on good infrastructure and good connections. Should the Channel Tunnel be just a first step?
— Boris Johnson (@BorisJohnson) January 18, 2018
O The Guardian conta que o ministro dos Negócios Estrangeiros britânico já tinha manifestado a intenção de construir um segundo Euro-túnel, mas surge agora mais interessado numa ponte. Enquanto foi mayor de Londres, Boris Johnson tentou implementar um vasto rol de iniciativas que acabaram por fracassar: desde a Emirates Air Line – uma linha de teleférico que custou 60 milhões de libras e está normalmente vazia – até à tentativa de construir um novo aeroporto no estuário do Tamisa.