Arranca esta segunda-feira o Mobile World Congress 2018 (MWC), a maior feira de smartphones do mundo, que conta com mais de 100 mil participantes. O Observador está em Barcelona a acompanhar as novidades tecnológicas e este texto vai estar em permanente atualização.

Dia Um

“A Internet é um direito básico”

O primeiro dia do MWC acabou com uma das conferências mais esperadas do evento. Andrus Ansip, vice-presidente da Comissão Europeia, Ajit Pai, presidente da FCC (a autoridade reguladora americana para as comunicações), Marcelo Claure, presidente executivo da operadora de telecomunicações americana Sprint e Sunil Bharti Mittal, presidente da operadora de telecomunicações indiana Bharti Airtel, juntaram-se num painel. O tema em destaque foi neutralidade da rede, o “elefante na sala”, segundo a moderadora Kristie Lu Stout.

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Sendo a Ansip o primeiro a ter um momento para declarações, abordou logo o tema dizendo: “a internet é um direito básico, tem de estar aberta a toda a gente”. O político europeu afirmou que a leis europeias oferecem “previsibilidade” ao mercado, protegendo o consumidor. Ao mesmo tempo estas normas são flexíveis “o suficiente” para as empresas, afirmou ainda Ansip.

EUA aprovam o fim da neutralidade da rede

A subida a palco do americano Ajit Pai, que tem sido a cara pela alteração legislativa americana que retirou poder fiscalização à FCC às operadoras, simbolizou a outra face da questão. Segundo o Pai, “os Estados Unidos estão a mudar a legislação de preventiva, onde todos são considerados culpados, para fiscalização a posteriori, oferecendo maior liberdade às empresas para inovarem.

Quanto ao caso europeu, Pai não se manifestou. Já Andrus Ansip, apesar de ter afirmado não lhe cabia a dizer o que os Estado Unidos devem ou não fazer, assumiu que com a alteração legislativa antevê “alguns desafios”.

Os dois executivos das operadoras presentes defenderam a posição de uma menor intervenção do Estado, afirmando que defendem uma Internet aberta porque “é assim que o mercado a quer”, disse Marcelo Claure. Numa conferência que foi interrompida por dois membros do público — um a queixar-se da alteração da legislação e outro que chamou “mentiroso” a Andrus Ansip quando afirmou que as operadoras restringem naturalmente o acesso à Internet — um ponto foi consensual: a rede 5G vai revolucionar as ligações móveis.

Experimentámos uns óculos inteligentes

Chamam-se Vuzix Blade e são um claro exemplo de um wearable (tecnologia que se veste). Estes óculos com um visor incorporado numa das lentes permitem ver notificações — de chamadas e mensagens –, tirar fotografias e ver vídeos. Tudo isto sem ter de pegar no telemóvel e sem tapar a visão do mundo real. Smartglasses (óculos inteligentes em português), é uma tecnologia que está a arrancar e que experimentámos no Mobile World Congress.

Estes óculos já tinham sido anunciado na CES, a Consumer Electronic Show, em Las Vegas, no mês de janeiro. Além de agora ser anunciado que a bateria durará até oito horas (em vez de só duas), também foi divulgado que poderão ser encomendados a partir do website da empresa com lentes de prescrição já a partir de setembro. O preço estimado? Aproximadamente 700 euros, disse a marca ao Observador.

[Experimentámos os Vuzix num directo do Observador. Veja no vídeo]

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Pedimos ao presidente executivo da portuguesa Iki Mobile para atirar ao chão o novo smartphone

A portuguesa Iki Mobile também está presente no Mobile World Congress e aproveitou o arranque da feira para anunciar novos modelos dos smartphones que fabrica. A diferença em relação a outros? Cortiça. A empresa de Tito Cardoso reveste estes equipamentos com cortiça por ser hipoalergénica e para serem resistentes. Num directo do Observador o executivo mostrou como o smartphone resiste (pelo menos) à primeira queda.

Teste: o novo smartphone português foi atirado ao chão e…

O rei de Espanha esteve no Mobile World Congress

Felipe VI, rei de Espanha, aproveitou a manhã para visitar os principais stands num dos pavilhões do Mobile World Congress. O monarca espanhol, que encontrou algumas manifestações em Barcelona aquando a sua visita à cidade para visitar este evento, está a andar pela feira onde começou por visitar a representação da operadoras que estão no evento, como a Orange, a Telefónica e a Vodafone.

Em declarações ao Observador, representante da Vodafone Espanha explicou que na visita ao stand da operadora o responsável pela empresa em Espanha mostrou a Felipe VI novas aplicações móveis da empresa para auxiliar pessoas com deficiências. Felipe VI continua a visitar o resto da feira, acompanhado por uma comitiva e segurança.

Sony ainda tem smartphones competitivos

Já começou oficialmente a edição de 2018 do MWC. O arranque foi dado pela Sony, numa conferência em que o diretor executivo de tecnologia da empresa anunciou os novos modelos Xperia: o XZ2 e o XZ2 Compact. Quanto a novidades? Maior captação de brilho que permite tirar fotografias quando está (mesmo) escuro e uma câmara que filma em “super câmara lenta” (“super slow motion”), algo que fez o diretor executivo, num ataque directo à Samsung, dizer: “uma coisa que já temos desde o ano passado”.

e… 5G

O termo do dia confirma-se: 5G. Grande parte dos stands e conferências focam-se nesta rede mais rápida que vai substituir o 4G como padrão e permitir velocidades mais rápidas de acesso à Internet e rede móvel através dos dispositivos.

Dia Zero

Este domingo a Huawei, a Nokia e a Samsung apresentaram as suas novidades nas conferências pré-feira. A mais aguardada era a da Samsung, às 18 horas, na qual a marca apresentou os novos S9 e S9 Plus. Contudo, a conferência da Huawei mostrou também várias novidades, como um novo notebook e tablets, tendo presente Richard Yu, o presidente executivo da marca. Já a Nokia, outra das grandes conferências esperadas, mostrou o que sabe melhor: uma reedição de um clássico, o 8810, agora com 4G (e novos smartphones).

Samsung S9 e S9 Plus: Como os S8 e S8 Plus, mas melhores

Era o evento mais esperado no arranque do Mobile World Congress. A Samsung anunciou que vai lançar as novas edições topo de gama da série Galaxy. Chama-se S9 e S9 Plus. Mantêm a entrada para headphones e têm AR Emojis, a resposta da Samsung aos animojis da Apple.

O Observador já experimentou estes equipamentos. Veja aqui as primeiras impressões.

S9 e S9 Plus. O que muda nos novos topos de gama da Samsung

Quer o comprimido encarnado ou azul? O 8810, o telemóvel do Matrix, está de volta com 4G

A Nokia teve às 16 horas também a sua conferência do MWC. Se no ano passado a reedição do 3310 roubou as atenções, este ano a marca da HMD apresentou uma reedição do 8810, agora com 4G. Este é o telemóvel que ficou conhecido nos anos de 1990 graças ao filme Matrix. O anúncio de um  Nokia 9 não aconteceu, mas para competir com a concorrência a Nokia apresentou um novo modelo do Nokia 8, o Sirocco, e ainda o Nokia 7 Plus, um novo Nokia 6 e o Nokia 1.

 A Huawei apresenta novo portátil com câmara que sai do teclado

A Huawei começou a apresentação para apresentar o Huawei MateBook X Pro,  a aposta da empresa no mercado os computadores portáteis que quer competir com o Macbook Pro, da Apple (até no design). Potência, bateria e um ecrã maior. Mas a maior novidade? Privacidade. A câmara frontal do portátil sai, literalmente, do teclado.

Segundo Walter Ji, diretor executivo da Huawei Europe, “a câmara foi desenhada a pensar no design e segurança”.

A câmara tem um botão dedicado no teclado de onde sai. O notebook não será vendido em Portugal