O ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair e o autor do polémico livro Fogo e Fúria, Michael Wolff, estão a acusar-se mutuamente de “mentirosos” por causa de uma suposta negociação de Blair com Donald Trump.

Segundo a notícia avançada pelo The Guardian, Wolff — que expôs todos os “podres” do primeiro ano de Trump na presidência dos EUA — afirmou este domingo que Blair “mentiu descaradamente” quando descredibilizou a sua obra. Blair, por sua vez, respondeu afirmando que as histórias de Wolff sobre ele eram totalmente inventadas.

Segundo o trabalho desenvolvido pelo jornalista norte-americano, Blair terá tentado “fazer-se” a um cargo de enviado pela paz no Médio Oriente e terá também avisado a equipa de Trump de que os serviços secretos britânicos os tinham estado a espiar.

Depois do lançamento do livro no passado mês de janeiro, Blair veio prontamente a público acusar Wolff de ter “inventado tudo”.

Mais recentemente, numa entrevista no programa The Andrew Marr Show (do canal inglês BBC One), Michael Wolff  insistiu que tinha ouvido uma conversa entre Tony Blair, Jared Kushner (o genro de Donald Trump) e um conselheiro da Casa Branca.

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A dada altura do programa, Marr confrontou Wolff ao informá-lo de que Blair tinha ficado ultrajado com a sugestão de que se tinha posicionado de forma a conseguir um emprego, o autor ripostou dizendo: “Eu sentei-me num sofá da Casa Branca e ouvi — não era suposto tê-lo feito, mas eles estavam ali mesmo ao meu lado — Tony Blair “a dar graxa” ao Jared Kushner.”

Marr citou a refutação de que Blair apresentou em janeiro. Para se defender, Wolff contra atacou: “Então tenho de dizer que o Tony Blair é um grande mentiroso. Ele estava literalmente ao meu lado.”

Mais tarde, depois deste episódio, o ex-primeiro-ministro divulgou uma declaração através do Twitter (pela conta do seu Tony Blair Institute for Global Change):

O próprio Donald Trump já atacou duramente o livro de Wolff, que retrata uma Casa Branca onde quase todos os seus funcionários mais destacados afirmam que o atual Presidente dos EUA não tem nem o temperamento nem a capacidade para exercer o cargo que ocupa.