Pelo menos 110 raparigas estão desaparecidas depois de um novo ataque do grupo terrorista Boko Haram numa escola de Dapchi, na Nigéria. Numa primeira fase, as autoridades nigerianas negaram o rapto de mais de uma centena de jovens e disseram que estas estavam apenas escondidas dos atacantes. Horas depois, o desaparecimento das raparigas foi tornado oficial.

O novo ataque do Boko Haram representa o maior rapto desde que o grupo jihadista sequestrou mais de 270 crianças na cidade de Chibok, em 2014. O caso atraiu grande visibilidade a nível internacional e originou uma gigantesca campanha nas redes sociais, com a criação da hashtag #BringBackOurGirls (“tragam as nossas meninas de volta”, em português). 100 dessas raparigas permanecem em parte incerta.

O The Guardian conta que Governo nigeriano garantiu que dezenas de militares estão a ser transferidos para a zona de Dapchi e que todos os esforços estão a ser realizados com vista à recuperação das raparigas. O presidente do país, Muhammadu Buhari, declarou que a Nigéria sofreu um “desastre nacional”. O novo ataque despoletou dúvidas na população do país, já que nos últimos meses o Governo tem repetido que o Boko Haram está prestes a ser derrotado.

Boko Haram traduz-se como “educação ocidental é proibida” na língua Hausa, falada vastamente no norte da Nigéria. O grupo jihadista, que ataca escolas, mesquitas e mercados, matou 20.000 pessoas desde 2009 e obrigou outros 2 milhões a fugir das suas casas. Os raptos são utilizados para conseguir resgates que financiem as suas operações ou acordos com o Governo para a libertação dos membros que estão presos.

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