O ministro dos Negócios Estrangeiros português declarou esta quarta-feira que o incêndio na embaixada em Estocolmo foi um “gesto criminoso” de fogo posto por um “homem desconhecido”, mas que as autoridades portuguesas afastam, por ora, a hipótese de ato terrorista. “Tudo leva a crer que terá sido um ato isolado, de uma pessoa que estava perturbada e que se encontra em fuga. Exigiu falar com o responsável da secção consular, um pedido que foi satisfeito, mas que antes mesmo da conversa que tinha exigido teve este gesto criminoso, de provocar um incêndio, fugindo ao mesmo tempo”, disse Augusto Santos Silva numa conferência de imprensa ao lado do secretário-geral da Liga Árabe, em Lisboa.

Questionado sobre a forma como o governo português está a encarar o caso de fogo posto, o ministro disse que se tratou de “um incidente”. “Neste momento, todas as informações que temos apontam para a pista de uma pessoa que se encontrava perturbada, portanto um ato tresloucado, de uma pessoa cujo móbil ainda não conhecemos”, disse o chefe da diplomacia portuguesa.

Com a informação que temos, não há nenhuma indicação que seja incidente de natureza terrorista, parece ser um caso isolado de uma pessoa que está perturbada e não sabemos por que é que decidiu canalizar a sua perturbação para a secção consular da embaixada portuguesa em Estocolmo”, referiu.

O incêndio que deflagrou esta quarta-feira no edifício da embaixada de Portugal em Estocolmo fez pelo menos 14 feridos, noticiou a Radio Sweden. “Agora há 14 feridos e 60-70 bombeiros no local combatem o fogo”, escreveu a rádio na sua conta no Twitter cerca das 14h00 locais (13h00 em Lisboa). No mesmo edifício em que deflagrou o incêndio situam-se também as embaixadas da Tunísia e da Argentina.

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