O Governo está há mais de um ano a prometer medidas contra a violência no desporto, mas estas tardam em avançar, escreve esta quinta-feira o jornal Público, recordando várias declarações do secretário de Estado do Desporto e da Juventude, João Paulo Rebelo, ao longo do último ano.

A 13 de abril do ano passado, João Paulo Rebelo afirmou que as leis existentes contra a violência no desporto não estavam a funcionar. E assegurou: “O Governo está a finalizar uma proposta lei, porque a lei de 2009 sobre a violência tem de ser melhorada”. Cerca de um mês depois, a 8 de maio de 2017, Rebelo assegurou novamente que as medidas estavam “em andamento”, mas recusou uma “generalização da violência” no futebol.

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Entre estas duas declarações, recorde-se, um adepto do Sporting, de nacionalidade italiana, morreu depois de um atropelamento e fuga durante um confronto entre claques junto ao estádio da Luz.

Mais tarde, no final do ano, na sequência de uma audiência do presidente da Federação Portuguesa no Futebol no Parlamento, o secretário de Estado admitiu que poderia haver intervenção do Governo na regulação do futebol.

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Também a secretária de Estado Adjunta e da Administração Interna, Isabel Oneto, que esta quinta-feira esteve ao lado de João Paulo Rebelo na conferência de imprensa em que o Governo reagiu ao caso da Academia de Alcochete, já havia garantido, em abril no ano passado, que o Governo estava a “analisar eventuais medidas que venham a ser tomadas precisamente para diminuir estes fenómenos da violência no desporto que criam sentimentos de insegurança”.

Já na sequência das agressões aos jogadores do Sporting em Alcochete, o primeiro-ministro, António Costa, admitiu a criação de uma autoridade nacional contra a violência no desporto, sem contudo especificar em que moldes funcionaria este organismo.