Histórico de atualizações
  • Com alguns votos ainda por contar, mas com as respetivas maiorias asseguradas — democrata na Câmara e republicana no Senado —, deixamos aqui as contas neste preciso momento e fazemos um pequeno balanço destes resultados eleitorais.

    Na Câmara dos Representantes, os democratas têm neste momento 220 lugares assegurados, dois acima do necessário para ter maioria na câmara baixa. A vitória representa, para já, uma subida de 27 lugares para o Partido, que podem ainda aumentar (há 18 lugares ainda por apurar). Os republicanos têm atualmente 195 representantes.

    No Senado, as contas estão nos 51 lugares para os republicanos, o que significa que têm pelo menos uma diferença de um senador que lhes garante a maioria e essa diferença deve aumentar. Os democratas estão nos 46 lugares e faltam apurar apenas três. Os democratas perderam pelo menos dois lugares e podem perder mais — no Arizona, por exemplo, a republicana Martha McSally está à frente por 1% quando estão 99% dos votos contados.

    Mais congressista menos congressista, certo é que o controlo das duas câmaras já está claramente definido. Os norte-americanos falaram e preferiram uma mudança na câmara baixa — mas não só permitiram aos republicanos manter o controlo do Senado, como os presentearam com uma subida no número de senadores.

    O acompanhamento do Observador destas eleições intercalares fica por aqui. Muito obrigada por ter estado connosco.

  • Donald Trump considera-se responsável por vitória republicana no Senado. “Dos 11 candidatos por quem fizemos campanha, 9 ganharam”, resume

    O Presidente Donald Trump reagiu esta tarde oficialmente aos resultados das eleições intercalares numa conferência de imprensa recheada de apelos ao bipartidarismo, mas pontuada por ameaças de não colaboração caso os democratas avançem com uma investigação sobre o alegado conluio russo. Confrontado com a possibilidade, o Presidente não só se irritou como protagonizou um momento de alta tensão com o repórter da CNN.

    Pode ler aqui o relato desta conferência, que durou mais de uma hora.

    Donald Trump reclama vitória: “Se eu não tivesse feito campanha talvez tivesse havido a tal ‘onda azul’ democrata”

  • Barack Obama diz que "mudança não vem numa eleição só. Mas começou agora"

    O ex-presidente dos EUA Barack Obama emitiu um comunicado a congratular os eleitores que foram às urnas esta terça-feira em “número recorde”. Segundo Obama, “a mudança que precisamos não vem com uma eleição apenas — mas é um começo”. “Na noite passada, votantes de todo o país começaram essa mudança”, escreveu.

  • A ameaça de Trump aos democratas na Câmara dos Representantes

    Donald Trump acordou cedo e, como de costume, foi ao Twitter reproduzir o seu estado de alma. Desta vez o alvo foram os democratas que reconquistaram a maioria na Câmara dos Representantes. A eles, Trump diz que “não pensem que vão gastar dinheiro dos contribuintes a investigar” a administração da Casa Branca. Caso o façam, Trump responderá na mesma moeda: “Seremos forçados a considerar investigar-vos, ao nível do Senado, pela divulgação de informação classificada e muito mais”.

    “Dois podem jogar o mesmo jogo”, termina.

  • Trump volta ao Twitter para festejar "Grande Vitória"

    Todos festejam vitória: os democratas por terem recuperado a maioria na câmara baixa, embora sem uma margem tão grande como a que gostariam, e os republicanos por terem reforçado a maioria que já tinham na câmara alta, o Senado. Na última hora, Donald Trump voltou ao Twitter para festejar aquilo que diz ter sido uma “Grande Vitória”.

    Para aqueles que não nos deram o devido crédito nestas eleições intercalares, Trump pede que se lembrem apenas de duas palavras “Fake News” (notícias falsas).

    Àqueles que trabalharam com Donald Trump na campanha eleitoral para as intercalares, “defendendo as nossas políticas e princípios”, Trump diz que “estiverem muito bem”. Aos outros, os que não estiveram com ele, “digam adeus!”. “Ontem foi uma Grande Vitória, e tudo debaixo da pressão de meios de comunicação social hóstis”, escreve.

    Trump diz ainda que recebeu muitas congratulações pela “Grande Vitória” da noite passada, incluindo de nações estrangeiras (e amigas). E anuncia que dará uma conferência de imprensa na Casa Branca pelas 11h30 (16h30 em Lisboa).

  • Georgia em vias de ir a uma segunda volta em dezembro

    Entretanto, na Georgia, onde a vitória do republicano Brian Kemp é dada como certa, a democrata Stacey Abrams continua a recusar conceder. Abrams exigie a recontagem de todos os votos, depois de ter havido vários problemas com as urnas e uma vez que a votação aparece bastante renhida: 50,5% contra 48,6%. Se os resultados de Kemp ficarem abaixo dos 50% poderá ser pedida uma nova votação naquele estado.

    A Georgia, juntamente com a Florida e o Texas eram os estados norte-americanos onde os democratas mais fichas apostavam. Isto porque era nesses três estados que corriam as principais três estrelas do partido democrata nesta eleição: Beto O’Rourke (para senador do Texas), Andrew Gillum (para governador da Florida) e Stacey Abrams (para governadora da Georgia). Os três foram derrotados.

  • No capítulo das análises, fomos ver o que dizem os editoriais dos principais jornais norte-americanos, apesar de terem ido para as gráficas antes de estar completa a contagem dos resultados. Do Washington Post ao New York Times, passando pelo Wall Street Journal, os editoriais concordam numa coisa: a prometida “onda azul” não foi um tsunami, mas se os democratas legislarem “sabiamente”, podem frustrar ambições de Trump. Ou podem mesmo ressuscitar alguns republicanos que não são da ala Trump e dividir o partido republicano por dentro.

    Leia aqui:

    “Um grande dia para a democracia”? O que dizem os editoriais norte-americanos

  • Governador do Nevada é o democrata Steve Sisolak

    Com os votos todos contados também no Nevada, está confirmado que o democrata Steve Sisolak vence a corrida para governador daquele estado contra o desafiador republicano, Adam Laxalt. Sisolak teve 49,78% dos votos, enquanto o republicano teve 45%.

    A última vez que o estado do Nevada foi governado por um democrata foi em 1999, com Bob Miller, pelo que os últimos três governadores foram sempre do partido republicano.

  • Câmara dos Representantes: depois das projeções, democratas garantem maioria com votos escrutinados

    Conforme já indicavam as projeções, os democratas já conseguiram o controlo da Câmara dos Representantes, chegando aos 218 congressistas necessários para ter a maioria.

  • Senado: democratas roubam senador no Nevada

    Aqui está um resultado em contra-ciclo: a candidata democrata no Nevada, Jacky Rosen, vence a corrida para o Senado, retirando assim o lugar ao seu adversário e atual senador, o republicano Dean Heller. Até agora, a maioria dos casos de estados que mudaram de um partido para o outro no Senado foram na direção oposta, com os republicanos a ficarem com lugares que até agora eram democratas — como aconteceu no Missouri, Dacota do Norte e Indiana.

    Ainda assim isto não é suficiente para travar a já certíssima vitória dos republicanos no Senado.

  • As primeiras vezes destas eleições: mulheres, gays, negros, muçulmanas...

    Estas eleições ficam marcadas por várias estreias, entre o primeiro governador abertamente gay e as primeiras congressistas nativo-americanas. Há também o recorde de congressista mais nova de sempre.

    Mulheres, gays, nativo-americanos e negros: nestas eleições, há muitos “pela primeira vez”

  • No Twitter, Trump cita antigo assessor de Nixon, que diz que o Presidente é um "homem mágico"

    Entretanto, Donald Trump voltou ao Twitter. E, desta vez, fê-lo para escrever mais alongadamente do que já o tinha feito no único tweet desta noite eleitoral até agora. Só que, na altura de escrever, preferiu citar o suposto comentário de Ben Stein, autor do livro “The Capitalist Code” e antigo escritor de discursos dos presidentes Richard Nixon e Gerald Ford.

    “Só houve 5 vezes nos últimos 105 anos em que um Presidente em funções ganhou lugares no Senado num ano que não é de eleições [presidenciais]. O senhor Trump tem magia. O tipo tem magia a saltar-lhe das orelhas. Ele é incrível a conseguir votos e a fazer campanhas. Os republicanos são incrivelmente sortudos por terem-nos ao seu lado e fico impressionado com o quão bem se deram. É tudo magia de Trump, Trump é o homem mágico. Incrível, ele consegue ter os media todos contra ele, atacam-no todos os dias, e depois saca estas vitórias enormes”, citou o Presidente.

    E momentos depois deste tweet, voltou a citar outro comentário a seu favor, desta vez de David Asman, apresentador da Fox News. A citação é esta: “Como é que os democratas respondem a isto? Pensemcomo a posição dele [de Donald Trump] comos republicanos melhora — todos os candidatos que ganharam hoje. Eles perceberam o quão importante ele é, por tudo o que ele fez na campanha por eles. Eles devem-lhe as suas carreiras políticas”. E o comentário de Trump a isto é simples mas direito: “Obrigado. Concordo!”.

  • Georgia: democrata Stacey Abrams não reconhece derrota e exige contagem até ao fim

    A democrata Stacey Abrams não reconheceu a derrota, exigindo uma contagem dos votos até ao fim, depois de ter havido vários problemas com as urnas e também acusações de supressão do direito ao voto de minorias. “Garanto-vos que vamos contar os votos até ao fim”, disse a candidata. “Numa nação civilizada, a maquinaria da democracia devia trabalhar para todos em todo lado e não apenas em certos sítios e num certo dia.”

    Ainda assim, houve partes do discurso de Stacey Abrams em que a derrota foi assumida, mesmo que só como possibilidade.”Hoje fechámos o espaço entre o ontem e o amanhã, mas ainda temos alguns quilómetros para avançar”, disse. “Isto é uma oportunidade para mostrarmos ao mundo quem somos. Porque na Geórgia os direitos civis sempre foram uma questão de vontade e uma batalha pelas nossas almas. E, porque temos lutado esta luta desde o seu começo, aprendemos uma verdade fundamental: a democracia só funcoina quantor trabalhamos por ela, quando lutamos por ela e quando a exigimos.”

  • Emenda anti-aborto aprovada no Alabama

    Além da composição do Congresso e dos governadores, os norte-americanos votaram também em emendas e alterações legislativas locais. Um dos resultados mais relevantes será a introdução de uma emenda anti-aborto na Constituição do estado do Alabama. Com 86% dos votos contados, é já certa a vitória do ‘sim’, com quase 60% dos votos, a um novo texto que reconhece e apoia os direitos e a santidade da vida do feto, sublinhando que a Constituição não prevê o direito ao aborto nem obriga a que ele seja financiado.

  • Nancy Pelosi, líder dos democratas na Câmara: "Iremos tentar o bipartidarismo"

    A líder dos democratas na Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, já reagiu aos resultados deste noite. Num discurso em Washington D.C., entrou ao som de Tina Turner (“Simply the Best”) e plantou-se no pódio com os dois netos debaixo dos braços. O discurso foi de quem reclama vitória, é certo, mas, talvez reconhecendo que sem o controlo do Senado qualquer oposição feroz está condenada à partida, estendeu a mão aos republicanos.

    “Graças a vocês, amanhã será um dia novo na América”, começou por dizer a democrata, dirigindo-se aos voluntários das várias campanhas democratas. “Queria também agradecer aos nossos dinâmicos candidatos que trouxeram a câmara de volta ao povo americano”, acrescentou.

    Daí para a frente, a candidata deixou claro que esta é uma vitória para os democratas, que irão assegurar os “pesos e contrapesos” do sistema, vigiando a presidência de Donald Trump. E depois deixou promessas: foco no Obamacare e no sistema de saúde, com “medidas sérias para controlar os preços dos medicamentos”; um programa de construção de infraestruturas profundas (uma promessa eleitoral de Trump que ainda não avançou); e um combate à corrupção, roubando o slogan ao Presidente de “esvaziar o pântano”.

    Depois de elencar três objetivos com margem para compromissos ao centro, Pelosi deixou claro que os democratas irão “tentar o bipartidarismo”. “Todos já tivemos que chegue de divisão. O povo americano quer paz, quer resultados”, declarou, prometendo “unidade para o país”.

  • Senado: republicano Josh Hawley rouba lugar aos democratas no Missouri

    A CNN acaba de projetar a vitória do republicano Josh Hawley no lugar de senador do Missouri. Este é um resultado particularmente importante porque quem sai derrotada é a atual senadora, a democrata Clair McCaskill.

  • Putin perde controlo da Câmara dos Representantes...

    … calma, calma. É uma piada do Borowitz Report, a rubrica de notícias satíricas da New Yorker. Ainda assim, tendo em conta o desfecho destas eleições, a possibilidade de uma influência russa não deverá ser tão discutida e alvo de queixas dos democratas como em 2016.

  • Kellyanne Conway desvaloriza perda da Câmara e aponta o dedos aos democratas na imigração

    A Casa Branca começa a reagir aos resultados. Agora foi a vez de Kellyanne Conway, principal conselheira de Donald Trump, que tentou valorizar a vitória no Senado e desvalorizar a perda do controlo na Câmara dos Representantes.

    “[Donald Trump] não repete a História, ele desafia-a. É bastante assinalável em termos históricos que, dois anos depois de ter feito História de uma maneira enorme, ter agora aumentado [o número de membros no] Senado”, disse Kellyanne Conway. Segundo a conselheira, o Presidente terá instado a sua equipa a garantir que o Senado se mantivesse republicano. “Temos de garantir o Senado. Queremos pessoas que votem por uma agenda que se concentre numa economia explosiva e em paz e prosperidade.”

    Sobre a Câmara dos Representantes, Kellyanne Conway oscilou entre o discurso de apelo ao bipartidismo e o da responsabilização dos democratas por decisões futuras.

    “Temos demonstrado que damos prioridade a temas onde conseguimos ter apoio dos democratas”, disse. “Ele [Donald Trump] provavelmente vai ter mais senadores do seu lado, mas talvez ganhe votos democratas, que ele acolhe sempre bem.”

    Depois, apontou o dedo aos democratas, sobretudo aos que retiraram lugares a republicanos, já por precaução. “Os congressistas democratas vão ter de perguntar a eles próprios o que é que os seus eleitores lhes pediram para fazer. E eu garanto que não lhes pediram que obstruíssesm e resistissem e dissessem “alto!” a cada momento, ou que tentassem um impeachment ou uma investigação”, disse.

    E tocou ainda no tema da imigração, tão falado nos últimos dias, depois de o Presidente ter cavalgado a ideia de que os EUA estavam a ser invadidos por uma caravana de migrantes que, na verdade, está a semanas, talvez um mês, de chegar às fronteiras norte-americanas. “Em grande parte, o Congresso vai ser responsável pelo que acontecer no futuro quanto às políticas de imigração para os EUA”, avisou.

  • Trump: "Sucesso tremendo!"

    E Donald Trump acaba de escrever no Twitter, depois de se saber que não ia haver discurso do Presidente dos EUA esta noite. “Sucesso tremendo, esta noite. Obrigado a todos”, escreveu.

    O sucesso, diga-se, não tão tremendo quanto isso. É verdade que os republicanos ganham no Senado — e até conseguem ficar com mais senadores, segundo as projeções — mas perdem a Câmara dos Representantes. Esta mudança na dinâmica legislativa dos EUA é significativa, com Donald Trump a ter o caminho mais difícil em temas como a imigração (sobretudo na questão da construção do muro) ou no Obamacare.

  • Donald Trump não irá prestar declarações esta noite

    A CNN avisa que a Casa Branca decidiu que o Presidente não irá falar esta noite. Reação oficial de Trump, portanto, só amanhã. A não ser que o Presidente decida tweetar entretanto — teremos de esperar para ver.

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