A lista de ausências em certames automóveis, agendados para o próximo ano, já começou a ser escrita. Depois de a Jaguar Land Rover anunciar que não iria marcar presença no Salão de Genebra, fruto das dificuldades financeiras que o grupo britânico atravessa por causa da queda na procura de motorizações diesel, agora é a vez de a Renault assumir que vai faltar ao Salão de Frankfurt, avança o jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung.

Não está fácil. Jaguar Land Rover “aperta o cinto”

Enquanto o evento suíço se realiza anualmente, o teutónico alterna com o de Paris, sendo de longe o maior salão realizado em solo europeu. Porém, a marca francesa prefere faltar, argumentando que essa opção se deve a um reforço do investimento nos salões de Genebra e de Paris. Neste último caso, o reforço do apoio por parte do fabricante gaulês é quase uma atitude “patriótica”, com a Renault a considerar que o Mondial de l’Automobile  tem vindo a ser “maltratado” nos últimos anos. Raciocínio idêntico é de esperar por parte da Volkswagen, Mercedes e BMW, que deverão continuar a manter-se fiéis ao certame alemão, apesar de este ter sentido a necessidade de se “reinventar”, justamente porque a lista de participantes tem vindo a encolher edição após edição.

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Fiat, Jeep, Mitsubishi, Alfa Romeo, Nissan, Peugeot, Tesla e Volvo foram algumas das marcas que não compareceram no último Salão de Frankfurt (2017), sendo esta a primeira vez que a Renault falha este certame. A decisão estende-se às restantes insígnias que compõem o grupo, ou seja, Dacia e Alpine. Significa isto que, ao contrário do que é habitual, não será em ambiente de salão que ficaremos a conhecer as novidades que estas marcas pretendem lançar no mercado no semestre seguinte. Assim, o mais natural é que a quinta geração do Clio seja revelada em Genebra, a par de um restyling do Espace, podendo o novo Captur estar a ser “guardado” para fazer a sua estreia no Salão de Paris 2020.

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O forte investimento a que os salões obrigam e a existência de alternativas bem mais em conta, potenciadas pela dinâmica das redes sociais, têm levado cada vez mais construtores a “racionalizarem” a sua participação.