O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, acusou este domingo a União Europeia (UE) de querer acabar com as nações, tal como o regime comunista que governou o país até há 30 anos.
Há 30 anos pensámos que tínhamos deitado para o lixo o pensamento comunista, que defende o fim das nações. Parece que nos enganámos […] Querem outra vez um mundo sem nações”, disse o dirigente nacionalista perante centenas de apoiantes.
“A cúpula do internacionalismo hoje é Bruxelas e o seu instrumento é a imigração”, acrescentou Orbán num discurso em Budapeste.
“Bruxelas tem um plano de sete pontos para transformar a Europa num continente de imigração”, alegou, precisando que esse plano inclui um novo sistema de repartição de migrantes, o enfraquecimento da defesa das fronteiras nacionais e a introdução de vistos de imigração.
Viktor Orbán, que apresentava os temas da campanha para as eleições para o Parlamento Europeu de maio próximo, disse-se certo de que os “eleitores darão a sua opinião” sobre estes temas.
O primeiro-ministro húngaro acusou repetidamente a UE de encorajar a imigração e criticou repetidamente o milionário e filantropo norte-americano de origem húngara George Soros, alvo frequente dos seus ataques.
Enquanto Orbán discursava centenas de pessoas protestaram junto da sede de governo contra as políticas nacionalistas do primeiro-ministro.