Além de revelar que o défice ficou em 0,5%, o INE confirmou, também, que a carga fiscal sobre famílias e empresas nunca foi tão grande, em percentagem do produto interno bruto (PIB): são 35,4% da riqueza produzida anualmente em Portugal. Esse valor supera em um ponto percentual o anterior recorde, de 34,4%, registado no ano anterior.

Os dados das contas públicas de 2018 publicados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) permite calcular que a carga fiscal, calculada como a soma da receita obtida pelo Estado com impostos e contribuições sociais, excluindo as contribuições sociais imputadas dos empregadores, aumentou para um valor que nunca tinha sido registado pelo INE, que começou esta série de 1995.

O total de receitas de impostos e contribuições sociais ascendeu, assim, a 71.357,3 milhões de euros no ano passado, contra 67.027,5 milhões no ano anterior.

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O ministro das Finanças tem sublinhado que o aumento da carga fiscal não é fruto de agravamentos nas taxas de imposto mas, sim, da melhoria da taxa de emprego e do consumo, não só pelos residentes mas, também, pelos turistas. Esse é um aumento que se dá a um ritmo até mais acelerado, o que faz subir o indicador da carga fiscal em relação ao PIB.

Tendo em conta apenas o total de receitas tributárias (impostos sobre os rendimentos, de produção e importação e de capital), o valor total arrecadado atingiu 52.221,9 milhões de euros, mais do que os 49.077,7 milhões cobrados em 2017.

O valor total das receitas tributárias é, igualmente, o mais alto desde que há dados. O mesmo se verifica com as contribuições sociais efetivas das famílias, montante que totalizou 8.055,6 milhões de euros em 2018 contra 7.618,9 milhões em 2017.

Governo fecha défice de 2018 nos 0,5% do PIB