Não se sabe bem quando terá surgido o mantra — estima-se que terá sido algures na década de 70 do século passado, época em que nos Estados Unidos, se começou a dar importância devida às questões ambientais. Em Portugal, foi já no início dos anos 90 que “reduzir, reutilizar, reciclar” chegou ao léxico diário e se transformou, inclusive, em matéria de escola.

Passados todos estes anos, e em plena era de mudanças climáticas e crise ambiental, faz mais sentido que nunca continuar a invocar os três R. A guru ambiental Bea Johnson, que o Observador entrevistou em 2016, junta-lhes, inclusive, outros dois: refuse (recusar) e rot (decompor). Mas não vamos tão longe, para já: comecemos por reduzir. Reduzir ao máximo o consumo e, consequentemente, o desperdício. Como? Seguindo algumas dicas que, facilmente, se podem tornar rotina.

Reduzir o consumo de água

Se para muitos basta girar uma torneira para obter água potável, para milhões de pessoas não é assim: estima-se que três em cada dez pessoas em todo o mundo não tenha acesso a este bem de primeira necessidade. Em Portugal acontecem, com frequência, períodos de seca, uma situação que tenderá a agravar-se devido às alterações climáticas. Ainda assim, somos o segundo país da Europa onde existe um maior consumo de água per capita: cada português gasta, em média 187 litros de água por dia. Baixar esse número pode depender de atos tão simples como os seguintes: desligar a torneira quando se lava os dentes ou faz barba, trocar os banhos por duches rápidos, partilhar esses mesmos duches entre casais, armazenar a água que se gasta enquanto o duche aquece (para regar plantas, por ex.), optar por autoclismos com descargas mais pequenas, lavar a louça manualmente em vez de à máquina, só usar a máquina de lavar roupa com a carga completa (ou usar um dos programas de meia-carga) ou evitar cozinhar em panelas demasiado grandes, que exigem mais água para cozinhar e lavar.

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Reduzir o consumo de electricidade

A produção de electricidade em Portugal ainda depende, sobretudo, de combustíveis fósseis, pelo que a sua redução não ajuda apenas a carteira, mas também o ambiente. E bastam pequenos atos diários para evitar consumos exagerados ao final do mês: opte sempre por lâmpadas de baixo consumo (LED) e eletrodomésticos de uma classe energética eficiente (de A+ a A+++), use tomadas inteligentes, das que cortam a corrente dos aparelhos depois de determinado tempo de inatividade, invista no isolamento da casa — janelas, estores, etc. —, para diminuir os gastos com ares condicionados e aquecedores, e desligue as luzes das divisões onde não está, bem como os aparelhos que não está a utilizar. Sim, esqueça o modo standby da televisão: pode poupar até 50€ por ano se optar por desligá-la de facto.

Reduzir o consumo de plástico

Estima-se que quase nove milhões de toneladas de plástico acabem, todos os anos, nos oceanos. Existe uma crescente tomada de consciência global para este problema mas, ainda assim, continua a haver muito por fazer. Se inúmeros estabelecimentos já aboliram as palhinhas e as colheres de plástico, outros continuam a apresentá-las sem remorsos. Cabe ao cliente rejeitá-las e pedir alternativas. Os sacos de plástico são outro problema grave: apesar de se estar a trabalhar para a sua extinção, continua, atualmente, a haver quem pague por eles na caixa do supermercado. É essencial levar sempre um saco de pano ou papel ou reutilizar os sacos de plástico ao máximo e, sempre que possível, optar por estabelecimentos que vendem a granel, de forma a evitar as embalagens. As garrafas de plástico também começam a ser encaradas com desconfiança — é muito mais fácil, barato e ecológico usar uma garrafa reutilizável. Experimente.

Reduzir outros consumos

A pegada ecológica não se resume, naturalmente, à electricidade, água ou plástico. O papel, por exemplo, apesar de ser altamente reciclável, também é uma fonte de desgaste para o ambiente. Assim, nos self-service, não tire guardanapos que não vai usar; no Natal e aniversários reutilize papel de embrulho — ou use jornais antigos, por exemplo — e, sempre que faz uma compra, não peça uma factura que vai deitar no lixo ao virar da esquina. No que respeita à alimentação, o desperdício é, também ele, um problema gravíssimo — estima-se que um terço da comida em todo o mundo seja desperdiçada. Como combater? Fazendo uma gestão coerente de tudo o que se tem em casa, conservando os alimentos no congelador, aprendendo a aproveitar os restos — com criatividade ou através das muitas receitas do género que se encontram em livros e na Internet. Por outro lado, é importante, também, reduzir o consumo de alguns alimentos mais nocivos para o ambiente, como a carne (principalmente de bovino) e, se possível, comprar a produtores locais e que apostem na agricultura biológica, livre de pesticidas e outros aditivos.

Finalmente, questione-se: será assim tão difícil usar os transportes públicos em vez de automóvel próprio? Às vezes bastam pequenas alterações na rotina diária . O ambiente agradece.

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