Depois de o Governo norte-americano e, especificamente alguns estados, pedirem ajuda com material médico para conseguir combater a Covid-19 com mais sucesso e salvar vidas, os fabricantes de automóveis prometeram estudar o assunto. A mais rápida a reagir foi a Tesla, com o seu CEO a oferecer de imediato equipamento de protecção médica e 1255 ventiladores, com estes últimos a terem sido adquiridos na China e expedidos de avião para os EUA. Paralelamente, a Tesla está a trabalhar com especialistas no ramo, para iniciar a produção de ventiladores nos EUA, já tendo designado a fábrica que vai assumir essa responsabilidade.

Esperava-se que, depois desta demonstração de solidariedade e de responsabilidade social do construtor americano de menores dimensões, a General Motors (GM) e a Ford avançassem com propostas similares ou ainda mais impactantes. E aqui é que residiu a surpresa, que não foi das boas. Da Ford pouco se sabe, mas a GM anunciou que estava a trabalhar com uma companhia especializada em ventiladores, a Ventec Life Systems, de forma a ajudar a incrementar a produção desta, recorrendo às suas fábricas.

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Hoje, segundo o The New York Times, a Casa Branca cancelou o plano de anunciar a joint-venture entre GM e Ventec, que deveria permitir a produção de 80.000 ventiladores. Pormenores não abundam, mas tudo indica que a Federal Emergency Management Agency pediu mais tempo para decidir avançar com a encomenda dos aparelhos de ajuda respiratória à GM, uma vez que estes vinham acompanhados de uma factura de 1000 milhões de dólares, cerca de 912 milhões de euros, valor que terá sido considerado proibitivo.

Segundo fontes relacionadas com o processo, a este valor urgia somar várias centenas de milhões de dólares já acordadas, destinadas a suportar algumas alterações à fábrica da GM em Kokomo, no Indiana, de modo a que aí fosse possível fabricar os ventiladores. Além destes custos avultados, a capacidade de produção tem vindo igualmente a ser reduzida. Dos originais 80.000 ventiladores, a GM disse que 20.000 estariam disponíveis “rapidamente”, mas tudo indica que esse número foi entretanto reduzido para apenas 7500, valor que ainda assim parece questionável. Resta conhecer a resposta do Governo norte-americano.

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