Um grupo de 16 deputados do PS questionou o Governo sobre o controlo e fiscalização do cumprimento das restrições à lotação nos transportes públicos rodoviários, defendendo um reforço da oferta de autocarros, anunciou esta sexta-feira o partido.

Na pergunta dirigida ao ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Matos Fernandes, que tutela os transportes urbanos, o PS indica ter recebido várias denúncias sobre a sobrelotação dos transportes públicos rodoviários no período de mitigação do contágio do novo coronavírus.

Assim, os deputados pretendem saber se o Ministério está a “acompanhar as situações de sobrelotação dos transportes públicos rodoviários em geral e, designadamente, na Área Metropolitana de Lisboa”.

Na pergunta enviada ao Governo, os parlamentares pretendem ainda esclarecimentos sobre a “monitorização e fiscalização que deve ser feita do cumprimento das restrições à lotação nestes transportes”.

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Segundo “relatos” enviados ao partido, “os motoristas da Rodoviária de Lisboa têm instruções para não fazer controlo do número de pessoas”, considerando assim ficar “por compreender como se poderá monitorizar e fiscalizar o cumprimento da lotação definida por lei durante este período particularmente sensível do controlo da pandemia”.

Os 16 deputados socialistas lembram ainda que a legislação em vigor atualmente para os transportes públicos reduz a lotação para dois terços da sua capacidade original, considerando que estas medidas “são essenciais para que a pandemia de Covid-19 não se volte a agravar no seguimento do desconfinamento”.

Segundo estes, seria expectável que a oferta fosse “preventivamente incrementada”, de forma a responder ao “acréscimo de passageiros que afluem a estas formas de transporte, em virtude da abertura de um conjunto de serviços e comércio a partir de 4 de maio”.

“As várias denúncias que têm chegado ao Partido Socialista, em que a parca frequência dos serviços de transportes públicos rodoviários tem gerado tempos de espera mais incertos e demorados do que o habitual, motivam por isso um maior escrutínio do reforço da oferta”, defendem na pergunta.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de Covid-19 já provocou cerca de 267 mil mortos e infetou mais de 3,8 milhões de pessoas em 195 países e territórios. Cerca de 1,2 milhões de doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 1.105 pessoas das 26.715 confirmadas como infetadas, e há 2.258 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.