De chapéu, jardineiras e com barba e cabelo falsos, Sacha Baron Cohen fingiu ser um cantor country racista e atuou no comício “March for Our Rights 3”, organizado pela Washington Three Percenters, um movimento com ligações à extrema-direita, em Washington, no sábado. Mais tarde, terá voltado a aparecer no evento com uma mudança de outfit: de máquina na mão, fingiu ser um repórter de imagem que filmava uma entrevista realizada aos participantes.

Segundo avança a Entertaiment Weekly, a performance fará parte da série de sátira política “Who Is America?”, que estreou em 2018.

Utilizando a mesma tática pela qual ficou conhecido no filme “Borat”, o comediante satirizou ideias relacionadas com a Covid-19, como apelar a que o ex-presidente dos EUA Barack Obama fosse injetado com o vírus.

Obama, o que vamos fazer? Injetá-lo com a gripe de Wuhan. Hillary Clinton, o que vamos fazer? Prendê-la como costumávamos fazer. (…) Dr. Fauci, o que vamos fazer? Injetá-lo com a gripe de Wuhan. OMS, o que vamos fazer? Fazê-los em picadinho como os sauditas fazem”, cantou o comediante, pedindo o apoio dos presentes, que cantaram e aplaudiram.

Ao aperceber-se da partida de Cohen, a organização do evento terá tentado expulsá-lo sem sucesso, tendo sido impedida pelos seguranças que o acompanhavam.

James Blair, vereador em Yelm, Washington, comentou a partida na sua página no Facebook, confirmando que Cohen era a pessoa por detrás da máscara.

“Subiu ao palco disfarçado de vocalista da última banda, cantando várias coisas racistas, odiosas e repugnantes. Os seus seguranças impediram os organizadores de eventos de o tirar do palco ou desligar a energia do gerador. Depois de a multidão se ter apercebido daquilo que ele estava a dizer e se virou contra ele, os seus seguranças correram para o palco e levaram-no para uma ambulância particular que foi contratada para ser o transporte de fuga deles”, escreveu Blair.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Mais tarde, Cohen terá voltado ao recinto do evento, desta vez mascarado de repórter de imagem que acompanhava um jornalista que questionou os presentes acerca do que acontecera, escreve a Rolling Stone.