O Gabinete de Emergência Consular do Ministério dos Negócios Estrangeiros “não registou, até ao momento, qualquer pedido de ajuda por parte de cidadãos nacionais” em Myanmar (antiga Birmânia), revela a Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas ao Observador. Há, neste momento, “sete titulares de cartão de cidadão com morada em Myanmar”, indica ainda, com base em dados do Instituto dos Registos e Notariado.

A Embaixada de Portugal em Banguecoque, na Tailândia, que abrange Myanmar, “acompanha a atual situação no país em coordenação com as missões dos restantes Estados-membros da União Europeia e aconselha os portugueses que se encontram no país a observar especiais medidas de precaução”, informa a secretaria de Estado, depois de mais um golpe de estado no país.

Os militares assumiram novamente o poder declarando o estado de emergência durante um ano, após umas eleições em que o partido da Liga Nacional para a Democracia, de Aung San Suu Kyi, venceu de forma confortável. A oposição, apoiada pelas Forças Armadas, exigia uma repetição das eleições, acusando o partido de Suu Kyi de fraude. Embora a comissão eleitoral tenha garantido que não havia provas que sustentassem a acusação, os militares avançaram para o golpe de estado.

A Secretaria de Estado avisa que, “no caso de necessidade, os cidadãos nacionais devem contactar o telefone de emergência da Embaixada (+66 83 087 2783) ou as embaixadas dos países da UE em Yangon”, em Myanmar.

Explicador. Cinco respostas para compreender o golpe de Estado em Myanmar

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