O laboratório onde a cientista Elvira Fortunato e equipa trabalham na caracterização e fabrico de materiais à escala nanométrica, com aplicação na eletrónica ou na indústria farmacêutica, vai ser ampliado com um novo edifício, que estará pronto até dezembro.

A informação foi avançada à Lusa por Elvira Fortunato, que dirige o Centro de Investigação de Materiais, no “campus” do Monte de Caparica, em Almada, da Universidade Nova de Lisboa, da qual é vice-reitora.

O novo edifício vai ligar, na prática, dois outros já existentes por onde se reparte o funcionamento do laboratório. Com esta “expansão”, Elvira Fortunato, “mãe” do “papel eletrónico”, pretende que o Nanova – Laboratório de Nanocaracterização e Materiais Avançados, único no género na região de Lisboa e Vale do Tejo, seja “uma referência internacional”.

A “primeira pedra” da obra, já iniciada, e que a docente espera estar pronta até ao fim do ano, será lançada na quarta-feira, numa cerimónia com a presença prevista dos ministros da Ciência, Tecnologia e do Ensino Superior, Manuel Heitor, e da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa.

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O novo edifício, e parte do respetivo equipamento, representa um investimento de cerca de três milhões de euros, suportado em 40 por cento pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo e no restante pela universidade.

Equipado com tecnologia de ponta, incluindo microscopia eletrónica, o laboratório permite caracterizar e fabricar materiais à escala nanométrica, como compósitos ou biomateriais, com aplicação na indústria automóvel, aeroespacial e farmacêutica ou na eletrónica, exemplificou Elvira Fortunato.

Além de fornecer serviços para empresas e fazer investigação, o Nanova é um espaço de apoio à aprendizagem de alunos, adiantou.