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Nem quando nem como. Ainda não há planos para vacinar voluntários com AstraZeneca e Johnson & Johnson

Este artigo tem mais de 2 anos

Excepção para vacinar jovens com doses da AstraZeneca e da Johnson foi pedida pelo coordenador do plano de vacinação e confirmada por Graça Freitas. Mas ainda não há datas ou planos de como será feito

COVID-19 vaccination campaign in Kyiv, Ukraine
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"Ainda estamos a estudar de que modo é que se vai proceder à vacinação de voluntários", indicou fonte da task force

NurPhoto via Getty Images

"Ainda estamos a estudar de que modo é que se vai proceder à vacinação de voluntários", indicou fonte da task force

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A vacinação de voluntários com menos de 60 ou 50 anos que aceitem receber as vacinas da AstraZeneca ou da Johnson & Johnson, respetivamente, ainda não tem planos ou datas para arrancar. Ao Observador, fonte oficial da task force que coordena o plano nacional de vacinação contra a Covid-19 avançou que não existe qualquer previsão para a data de início da inoculação de voluntários e admitiu que os detalhes de como tudo vai ser feito ainda estão a ser estudados.

As duas vacinas estão a ser administradas apenas a pessoas mais velhas, por decisão da Direção-Geral da Saúde, depois de terem sido detetados efeitos secundários severos, ainda que raros, em pessoas mais novas. Ainda assim, em Portugal, os que ficaram fora dos limites definidos pelas autoridades de saúde também podem ser vacinados com doses da AstraZeneca ou da Johnson & Johnson, desde que se voluntariem para isso e assinem um consentimento.

Covid-19: Pessoas abaixo dos 60 anos podem tomar vacina AstraZeneca com “consentimento informado”, diz coordenador da “task force” 

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A ideia partiu do próprio coordenador da equipa que gere o plano de vacinação contra a Covid-19. Na semana passada, o vice-almirante Gouveia e Melo revelou que pediu que fosse aberta uma exceção para os menores de 60 anos, o limite estabelecido para a vacina da AstraZeneca: “Fui pedir para que se crie uma exceção — e há uma exceção — que, com o consentimento informado das pessoas, se a pessoa quiser ser vacinada com a AstraZeneca, pode ser vacinada com a AstraZeneca abaixo dos 60 anos”.

A mesma decisão foi também aplicada à vacina da Johnson & Johnson, que, no plano de vacinação português, é indicada apenas para maiores de 50 anos. Foi isso que confirmou o secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, na sexta-feira, explicando que os que tiverem menos de 50 podem voluntariar-se para receber esta vacina, “desde que seja manifestado esse desejo e o posterior consentimento, após o conhecimento dos riscos e benefícios”.

A ideia, porém, ainda não passou disso mesmo. Nesta altura não há qualquer certeza sobre como tudo será feito, de que forma cada pessoa pode voluntariar-se, a que local deve dirigir-se, onde ou quando será feita essa vacinação. A task force ainda não definiu, por exemplo, se haverá uma plataforma especial em que os voluntários se possam inscrever, como funcionará o consentimento informado que quem quiser ser vacinado nestas condições terá de assinar e que impacto é que este processo poderá ter na campanha de vacinação. Ao Observador é dito apenas que a prioridade, por agora, é vacinar “todos aqueles que têm mais de 60 anos” até 23 de maio.

A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas (E), ladeada pelo coordenador da 'task-force' para a vacinação contra a covid-19, vice-almirante Henrique Gouveia e Melo (D), intervém durante a conferência de imprensa de atualização de informação relativa ao Plano de Vacinação contra a covid-19, no Infarmed, em Lisboa, 21 de abril de 2021. RODRIGO ANTUNES/LUSA

Tanto a DGS como a task force da vacinação defendem que os mais jovens podem receber, de forma voluntária, as vacinas da AstraZeneca e da Johnson & Johnson

RODRIGO ANTUNES/LUSA

Questionada sobre de que maneira a inoculação de voluntários vai funcionar, a Direção-Geral de Saúde (DGS) não respondeu às perguntas do Observador. No entanto, Graça Freitas revelou esta quarta-feira que “as pessoas serão esclarecidas de que vão levar aquela vacina, receberão um folheto com toda a informação necessária e, se decidirem ser vacinadas, serão vacinadas, e se decidirem aguardar por novos dados, nova informação que permita outra vacina, então serão depois convocadas para a vacinação”.

Em declarações à Agência Lusa, a diretora-geral da saúde defendeu ainda a ideia, dizendo que “o risco [de uma reação grave] é mínimo”. Não explicou, porém, em que momento é que todas estas questões se poderão colocar, falando num formulário eletrónico, mas apenas como uma possibilidade: “Se uma pessoa assumir a título individual que não se importa em ter um risco infinitamente pequeno, pode fazê-lo, dar o seu consentimento na altura da vacinação, ou, se se criar um formulário eletrónico, pode fazê-lo através desse formulário”.

A vacinação a voluntários é um tema que gera controvérsia pelos riscos que pode acarretar para esses mesmos voluntários, pessoas com uma idade inferior ao limite definido pelas mesmas autoridades de saúde que decidiram agora permitir as exceções a quem não se importar de “assumir o risco”, como disse Graça Freitas. O Ministério da Saúde espanhol, por exemplo, rejeitou a ideia, porque significava “uma contradição com os princípios éticos” da estratégia de vacinação no país, considerando ainda que “seria muito discutível” a assinatura de um consentimento informado.

Espanha rejeita termo de responsabilidade para menores de 60 anos que queiram levar vacina da AstraZenca

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