Rui Rio convocou uma conferência de imprensa para comunicar que não concentrará esforços na campanha interna para a liderança do PSD, optando por fazer “oposição ao PS”. Será Rui Rio com o fato de presidente do PSD que preparará “o programa eleitoral” para as legislativas de janeiro. Considera o líder dos sociais-democratas que “o mais importante é o PSD não desperdiçar a hipótese de ganhar ao PS no sentido de Portugal continuar a ser governado por um PS fortemente comprometido com a extrema-esquerda”. Até porque, apontou Rio, a entrevista de António Costa “foi campanha eleitoral”.

“A entrevista do primeiro-ministro ontem [segunda-feira] só dá razão ao que disse aqui. Costa fez ontem campanha eleitoral na televisão. O que me compete é um papel igual ao que ele está a fazer porque vamos ser candidatos às eleições em janeiro. É por isso que tenho de proceder desta forma: falar ao país, elaborar um programa eleitoral de governo equilibrado, porque é isso que o país espera do PSD”, afirmou o líder do PSD que enfrenta Rangel nas diretas a 27 de novembro.

“O importante é estar preparado para governar, ouvindo pessoas e instituições, debatendo e selecionando ideias. É preciso uma campanha eleitoral eficaz do ponto de vista do marketing e da comunicação”, disse Rio deixando a campanha entregue ao diretor de campanha. Quanto a debates com Rangel, Rio diz que também “não” estará disponível.

Para Rio a prioridade será a “concentração total e absoluta em consonância com a enorme responsabilidade que assume quem quer governar Portugal”. “Vamos enredar-nos numa trapalhada político-administrativa com mais confusões. Damos uma vantagem enorme ao PS”, notou o líder social-democrata acrescentando que considera ser a pessoa em “melhores condições para derrotar António Costa”.

Quanto a percorrer o país em campanha para a liderança, Rio diz que a “única exceção” que abre é para a região da Madeira onde não esteve durante a campanha das autárquicas de setembro.

“No balanço que faço acho que as pessoas me conhecem e sabem o que eu defendo. Mais importante que andar a repetir e mostrar-me dentro do partido é tratar de preparar o partido para aquilo que é verdadeiramente importante, as eleições de janeiro”, considera Rui Rio frisando que é “mais importante cumprir a função de presidente do partido” que concentrar-se na corrida interna.

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