explosão de um táxi em Liverpool, neste domingo, foi um ataque terrorista, acredita a polícia britânica, que não tornou pública a identidade do suspeito. O diretor da polícia antiterrorista, Russ Jackson, confirmou que o passageiro que morreu usou “um artefacto improvisado” que causou a explosão, avança a BBC.

Na sequência do ataque, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, elevou esta segunda-feira o nível de ameaça terrorista no país para “grave“, anunciou a ministra do Interior, Priti Patel, sublinhando que este foi “o segundo [incidente] num mês” — o outro foi o assassínio à faca do deputado David Amess, em outubro.

O condutor do táxi, David Perry, sofreu ferimentos mas estes “não constituem ameaça de morte”. Joanne Anderson, presidente da câmara de Liverpool, disse à rádio da BBC que o motorista evitou uma “enorme tragédia” com o seu heroísmo. De acordo com a responsável, o taxista terá conseguido sair do carro e trancou as portas antes da explosão, prendendo o passageiro dentro do veículo que ficou destruído.

O chefe da polícia antiterrorista não confirmou essa informação. Russ Jackson diz ter falado com o motorista, mas, por ainda estar abalado e ferido, ainda não conseguiu obter dele um relato mais pormenorizado do sucedido.

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Explosão de veículo em Liverpool provoca um morto e um ferido. Polícia prendeu três jovens

Boris Johnson, primeiro-ministro britânico, destacou a “incrível presença de espírito e bravura” do motorista de táxi, que ficou ferido na explosão. “Existe uma investigação em curso, pelo que não posso fazer comentários”, acrescentou.

Poucas horas depois de a explosão ter ocorrido, a polícia britânica prendeu três jovens, com 29, 26 e 21 anos em Kensington ao abrigo do Ato de Terrorismo. Jackson disse que se trata de pessoas que se acredita terem ligações ao passageiro do táxi. Estão a ser analisados registos telefónicos e de compras.

Uma comandante da polícia de Merseyside, Serena Kennedy, afirmou que “não existe nenhuma ameaça associada à área” mas “pediu um reforço das patrulhas no local”.