O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenski, assegurou esta segunda-feira que o exército ucraniano tem capacidade para contrariar “qualquer plano invasor do inimigo”, numa alusão à concentração de tropas russas na fronteira.

Durante a sua história mais recente o exército ucraniano atravessou um difícil caminho até à formação de uma estrutura militar preparada, muito organizada, confiante nas suas próprias forças e capaz de abortar qualquer plano invasor do inimigo”, indicou Zelenski, citado num comunicado da presidência.

Zelenski emitiu esta declaração por ocasião do 30º aniversário da criação da Forças Armadas da Ucrânia após a sua independência da União Soviética em 1991.

O líder ucraniano também homenageou os soldados que nos últimos anos defenderam a integridade territorial do país, onde desde 2014 decorre um conflito com milícias pró-russas no Donbas (leste) que provocou cerca de 14.000 mortos.

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“Estou seguro de que as Forças Armadas da Ucrânia prosseguirão defendendo de forma fiável a liberdade e independência do nosso Estado”, afirmou.

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O líder de Kiev condecorou vários militares ucranianos durante uma vista à linha da frente, na região de Donetsk, com parte do território controlado pelo seu exército.

A Ucrânia acusou a Rússia de concentrar mais de 90.000 soldados na fronteira com o objetivo de atacar o seu território durante o inverno.

De acordo com o diário Washington Post, os serviços de informações dos Estados Unidos admitem que a Rússia poderia aumentar a sua presença militar na fronteira com o país vizinho até aos 175.000 efetivos.

Em paralelo, Moscovo acusou Kiev de ter concentrado 125.000 efetivos na região do Donbas, em plena linha da frente, o que significaria metade dos efetivos das Forças Armadas ucranianas.

A tensão na Ucrânia será abordada na terça-feira no decurso de uma cimeira virtual entre os Presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e dos Estados Unidos, Joe Biden, informaram no sábado o Kremlin e a Casa Branca.

A conversação virtual ocorre após Putin ter proposto esta semana à NATO a assinatura de um pacto de segurança para evitar o ingresso na Aliança Atlântica da Ucrânia e da Geórgia.