Um submarino russo colidiu com um sonar de um navio de guerra da marinha britânica, enquanto a embarcação patrulhava o Atlântico Norte.

O navio HMS Northumberland procurava o submarino russo de tipologia Hunter-Killer, que tinha deixado de aparecer no radar da fragata de guerra. Os britânicos lançaram então ao mar um sonar, rebocado centenas de metros atrás do barco, que foi atingido precisamente pelo submergível russo – especificamente construído com o propósito de detetar e afundar outros submarinos e embarcações marítimas.

A colisão ocorreu no final de 2020, mas só foi esta terça-feira confirmada pelo ministério da Defesa britânico, segundo a Radio Free Europe. Uma equipa de filmagens que se encontrava a bordo do HMS Northumberland a filmar um documentário captou a reação da tripulação ao embate do submarino.

O navio, que desempenha rotineiramente funções de patrulha do Atlântico Norte, procurava o submarino junto na zona do Círculo Ártico depois de a embarcação russa ter desaparecido do radar do navio.

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Um helicóptero Merlin (tipo de helicóptero utilizado também pela Força Aérea Portuguesa) pertencente à fragata tinha avistado o periscópio do submarino à superfície, antes de a embarcação russa mergulhar novamente.

De acordo com o ministério da Defesa, o HMS Northumberland acabou por detetar o submarino com um sonar rebocado pela fragata – um longo tubo equipado com hidrofones que permite à equipa do navio “ouvir debaixo de água”. Foi este o sonar que ficou danificado após a colisão.

O navio teve de atracar na costa da Escócia para reparar o equipamento, mas não foi até hoje confirmado se o submarino sofreu algum tipo de dano ou não.

O incidente foi confirmado por um porta-voz do ministério, que afirmou na quinta-feira que “No final de 2020 um submarino russo vigiado pelo HMS Northumberland entrou em contacto com o seu sonar”.

A Marinha Real vigia de forma rotineira navios e submarinos com medida de defesa do Reino Unido”, explicou o porta-voz.

Fonte ligada ao ministério da Defesa confirmou à BBC que era pouco provável que a colisão tivesse sido causada de forma deliberada.