O município de Oeiras, no distrito de Lisboa, está a organizar uma campanha para recolher bens alimentares destinados ao povo ucraniano e mostrou disponibilidade para acolher no curto prazo até 220 refugiados da guerra, foi esta quarta-feira divulgado.

Em comunicado, a Câmara Municipal de Oeiras, presidida por Isaltino Morais, faz um apelo à população, escolas, paróquias, IPSS (Instituições Particulares de Solidariedade Social) e outras entidades do concelho para que entreguem os bens nas juntas e uniões de freguesia e nos quartéis dos bombeiros, entre as 10h00 e as 17h00.

“Após a receção dos bens doados, os mesmos serão transportados para um armazém gerido pela Câmara Municipal, onde tudo será catalogado, armazenado em condições e enviado para quem realmente precisa”, segundo a mesma nota.

Além da organização desta campanha para a recolha de bens, o município de Oeiras divulgou um plano de apoio aos refugiados ucranianos, estruturado em três fases, no qual está expressa a disponibilidade para acolher até 220 pessoas.

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No imediato, o município de Oeiras está disponível para receber até 20 refugiados ucranianos e a instalar um centro de recolha de bens de primeira necessidade não perecíveis, numa segunda fase mais 100 pessoas (recurso a refeitórios e pavilhões) e numa terceira fase mais 100, em articulação com a Área Metropolitana de Lisboa e com o Governo.

A Câmara de Oeiras explica que a transição de fases vai estar dependente “do desenvolvimento da situação de guerra e de acordo com as indicações do Governo”.

“Para que neste concelho tudo corra de forma organizada e para que a ajuda chegue a quem precisa, solicita-se às entidades locais que queiram participar que contactem os Serviços Sociais da Câmara Municipal de Oeiras, através dos telefones: 214 408 740 / 214 408 519″, informa a autarquia.

A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev.

A ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e mais de 660 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.

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O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a “operação militar especial” na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.

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O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.