“O mundo está unido na determinação em fazer Vladimir Putin pagar um preço muito elevado.” A ideia marcou o início da intervenção do presidente dos Estados Unidos, no mesmo dia em que Volodymyr Zelensky se dirigiu por vídeo ao congresso americano a insistir no pedido de encerramento do espaço aéreo do país para travar ataques aéreos russos. E feito o apelo: “Vocês podem fazer mais”.

“Lembrem-se de Pearl Harbor, lembrem-se do 11 de Setembro”, diz Zelensky ao Congresso dos EUA

E foi repetida no final da intervenção de Joe Biden onde anunciou um pacote “sem precedentes” de ajuda militar americana à Ucrânia, que numa só semana atinge os mil milhões de dólares (mais de 900 milhões de euros) — 200 milhões de dólares no fim de semana e 800 milhões de dólares esta quarta-feira.

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Minutos depois em resposta aos jornalistas, o presidente considera Vladimir Putin um criminoso de guerra. No início da intervenção, Joe Biden relatou um episódio passado no maior hospital da cidade cercada de Mariupol onde as forças invasoras terão mantido reféns centenas de médicos e enfermeiros no que qualificou de “atrocidade”. Mas só quando foi interpelado pela imprensa americana é que admitiu pela primeira vez que Putin é “um criminoso de guerra”.

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O material material que vai seguir resulta de transferências diretas do Departamento de Defesa dos Estados Unidos  para o exército ucraniano, mas também para os civis: as mulheres e homens que estão a defender o país nas cidades e no campo, especificou o presidente Biden. No novo pacote vão seguir 800 sistemas de defesa anti-aérea para permitir aos militares ucranianos continuar a evitar ataques por aviões russos e a proteger o seu espaço aéreo que os aliados ainda se recusam a fechar. Seguirão igualmente 9000 sistemas antitanque. Entre o material americano há também sistemas de alta precisão e longo alcance e da tecnologia mais recente, prometeu Joe Biden, e onde se incluem drones, sistemas de comunicação e de satélites.

A pedido do presidente Zelensky, os Estados Unidos vão remeter também sistemas antitanques e 7.000 armas de menor porte, incluindo metralhadoras e granadas, bem como munições que se destinam aos homens e mulheres civis que estão a defender o país nas cidades e no campo. Biden assinalou também ajudas no campo humanitário e de natureza financeira para a economia ucraniana.

Os Estados Unidos estão a preparar mais material para enviar, para além do que está já disponível, mas Biden deixou um aviso: “Esta pode ser uma batalha difícil e longa”. E uma promessa. Os Estados Unidos e os aliados vão continuar a apoiar o povo ucraniano a defender-se deste “ataque imoral de Putin contra população civil”. E vão “manter a pressão” sobre a economia russa que descreve como estando já “mutilada” e isolando o presidente russo e os seus aliados.

“O nosso objetivo é fazer Putin pagar o preço”, repetiu o Joe Biden, e garantir que não sai com nenhuma vitória desta guerra “trágica e desnecessária”, provocada pelo “apetite de um autocrata”.