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Mapa de guerra. O que aconteceu no 75.º dia de guerra na Ucrânia?

Este artigo tem mais de 1 ano

Putin não declarou oficialmente guerra à Ucrânia, como chegou a ser esperado, e acusou a NATO de ameaçar o território russo. Ucrânia entregou segunda parte de questionário de adesão à UE.

Victory Day military parade in Moscow
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Anadolu Agency via Getty Images

Anadolu Agency via Getty Images

Ao 75.º dia de guerra na Ucrânia celebra-se o Dia da Vitória, que marca a vitória da União Soviética sobre a Alemanha nazi. Na Rússia, a data está a ser festejada em mais de 30 cidades do país, com as atenções viradas para Moscovo, local onde se realizou a parada que teve presença e direito a discurso de Vladimir Putin.

Este 9 de maio era aguardado com bastante expectativa, já que vários serviços secretos ocidentais tinham apontado a data como o dia em que o Kremlin gostaria de celebrar uma vitória na guerra na Ucrânia. Porém, nas últimas semanas havia também opiniões que apontavam para que Putin pudesse declarar oficialmente guerra à Ucrânia.

O que aconteceu durante a tarde e noite?

  • O governo ucraniano entregou a segunda parte do questionário especial de obtenção do estatuto de candidato à adesão à União Europeia. Na habitual mensagem diária, Volodymyr Zelensky mostrou-se otimista em relação ao processo, adiantando que a Ucrânia espera receber uma “resposta positiva em junho”.
  • O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, fez uma visita surpresa a Odessa e esteve reunido com o primeiro-ministro ucraniano, Denys Shmyhal. A reunião teve de ser interrompida devido a um alerta de bombardeamento. A localidade foi atacada por vários mísseis ao longo do dia.
  • Ainda em Odessa, Charles Michel deixou uma mensagem aos ucranianos: “Vocês não estão sozinhos. Estamos ao vosso lado. Não vos vamos desiludir. Vamos estar convosco o tempo que for necessário“, garantiu o presidente do Conselho Europeu.
  • Joe Biden assinou uma nova versão do Lend-Lease Act, uma lei originalmente implementada durante a Segunda Guerra Mundial que vai permitir aos EUA cederem material bélico à Ucrânia. Zelensky agradeceu no Twitter o apoio do Presidente norte-americano “na luta pela liberdade e futuro” da Ucrânia.
  • Ursulavon der Leyen viajou até Budapeste para se reunir com o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, por causa do novo pacote de sanções e o boicote europeu ao petróleo russo. No Twitter, a presidente da Comissão Europeia revelou que a conversa ajudou a clarificar certos pontos e que foram feitos “Progressos”, mas que é preciso continuar a trabalhar.
  • A Procuradoria-Geral da Ucrânia identificou outro oficial russo suspeito de ter cometido atrocidades em solo ucraniano. De acordo com o The Kyiv Independent, Anton Struyev, comandante da 15.ª Brigada de Fuzileiros Motorizados, terá espancado dois civis para obter informações sobre o Exército ucraniano.
  • O Conselho de Direitos Humanos da ONU vai realizar uma sessão especial esta quinta-feira para discutir a situação humanitária na Ucrânia, noticia a AFP. A sessão foi pedida por Kiev e apoiada por mais de 50 países.
  • Os prémios Pulitzer atribuíram este ano a sua citação especial aos jornalistas ucranianos pela “coragem, resistência e compromisso com a verdade” na cobertura da invasão russa. Os vencedores dos galardões norte-americanos de jornalismo foram anunciados esta segunda-feira à noite.

O que aconteceu durante a manhã?

  • A Presidência ucraniana respondeu ao discurso do Presidente russo sobre o “Dia da Vitória”, afirmando que a NATO não planeou atacar a Rússia e que a guerra iniciada por Moscovo reflete “ambições imperialistas doentes”.
  • O Presidente chinês alertou o chanceler alemão que têm de ser feitos “todos os esforços” para que a guerra da Ucrânia não se intensifique e se torne numa “situação impossível de gerir”.
  • As tropas russas em Mariupol desfilaram com uma fita de 300 metros cor de laranja e preta, as cores da fita de São Jorge, símbolo utilizado pela Rússia na Segunda Guerra Mundial.
  • O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) viajou para Kiev para entregar 20 ambulâncias e reunir-se com os funcionários da organização com o objetivo de aumentar a assistência às vítimas da guerra.
  • A Comissão Europeia estima emitir, em junho, o parecer sobre a eventual adesão da Ucrânia à União Europeia, aguardando as respostas finais das autoridades ucranianas.
  • O ministro da Defesa britânico, Ben Wallace, defendeu que os generais russos devem ser levados a um tribunal militar pelo que fizeram na Ucrânia, que compara às ações do regime nazi na Segunda Guerra Mundial.
  • Odessa terá sido atingida por quatro mísseis de alta precisão. A informação foi avançada pelas forças armadas ucranianas. Os mísseis Onyx terão sido disparados da Crimeia, zona anexada pela Rússia em 2014.

O que aconteceu na noite passada e durante a madrugada?

  • A Rússia comemorou o Dia da Vitória com uma parada na Praça Vermelha, em Moscovo, onde desfilaram dezenas de veículos militares, entre eles o T-34-85, um carro de combate médio, muito utilizado pela União Soviética durante a Segunda Guerra Mundial, equipado com um canhão, e a família Tufão, veículos blindados protegidos contra emboscadas e que são resistentes a minas.
  • Durante as comemorações, Vladimir Putin discursou e acusou a Nato de ter começado “ativamente” a ocupar os territórios vizinhos da Rússia e de “ameaçar o território” russo. O Presidente russo acusou a organização de “preparar abertamente outra operação punitiva” na região de Donbass, na Ucrânia, e disse que há uma “ameaça inaceitável” nas fronteiras.
  • Putin enalteceu ainda que a Rússia deve garantir que o “horror de uma guerra global não se repitará”
    “Vocês estão a lutar pela vossa terra mãe, para ter certeza de que ninguém esquece a Segunda Guerra Mundial”, disse dirigindo-se às tropas que combatem no Donbass. O Presidente russo lembrou a vitória de 1945 como um “heroísmo sem precedentes”.
  • Pouco tempo antes do início da parada na Praça Vermelha, em Moscovo, Volodymyr Zelensky acusou a Rússia de estar a repetir os “horríveis crimes de Hitler” e deixou uma certeza: “Muito em breve vai haver dois Dias da Vitória na Ucrânia.” O chefe de Estado reiterou que a Ucrânia não vai “dar a ninguém nem um pedaço de terra”, mostrou o orgulho nos antepassados que combateram o nazismo e assegurou que Dia da Vitória é a Ucrânia está a lutar para uma “nova vitória”.
  • A CNN internacional revelou que, no domingo, o vice-primeiro-ministro da Rússia, Marat Khusnullin, visitou a cidade de Mariupol, sendo o mais alto representante governamental a visitar a cidade do sul a Ucrânia desde a ocupação. Referindo que visitou Mariupol, Volnovakha, Lugansk e outras cidades, o responsável russo anunciou que se está a iniciar “o restabelecimento de uma vida pacífica inicia-se”.
  • As Nações Unidas indicaram que, este domingo, chegaram a Zaporíjia mais de 170 ucranianos vindos do complexo de Azovstal e de outras áreas de Mariupol. Os civis foram retirados numa operação conjunta entre a ONU e a Cruz Vermelha, na qual já foi possível retirar 600 pessoas de Azovstal e Mariupol. Até ao momento, não há informação sobre se haverá ou não corredores humanitários a funcionar esta segunda-feira.
  • Na noite de domingo, o Presidente da Ucrânia confirmou a morte de 60 pessoas que até agora eram consideradas desaparecidas, depois de uma escola em Lugansk. A confirmação de que as 60 pessoas desaparecidas tinham perdido a vida foi dado pelo próprio líder ucraniano durante a intervenção que fez na reunião por videoconferência do G7, em que foi convidado a participar.
  • Ainda de domingo ficou a informação de que as novas restrições aos vistos atribuídos pelos EUA vão abranger 2.600 militares russos e bielorrussos, incluindo suspeitos de terem participado no alegado massacre em Bucha, onde foram descobertos centenas de cadáveres, alguns com sinais de tortura.
  • Já o chanceler alemão, Olaf Scholz, garantiu que com o argumento de que pretende “desnazificar” a Ucrânia, Vladimir Putin “falseia a história”. “Não posso dizer-vos hoje em que momento ou de que forma a guerra cruel que a Rússia tem em curso contra a Ucrânia terminará. Mas uma coisa é certa: não haverá paz declarada pela Rússia. Os ucranianos não vão aceitá-lo — e nós também não”, declarou Scholz num discurso em que se dirigia aos cidadãos alemães.

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