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Mapa da guerra. O que se sabe sobre o 81.º dia do conflito

Este artigo tem mais de 2 anos

O dia fica marcado pela vitória ucraniana na Eurovisão, o anúncio da Finlândia de que se vai candidatar à NATO e p apoio do partido do governo da Suécia à candidatura do país à mesma organização.

A guerra na Ucrânia dura há 81 dias, desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro deste ano
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A guerra na Ucrânia dura há 81 dias, desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro deste ano

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

A guerra na Ucrânia dura há 81 dias, desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro deste ano

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

A guerra na Ucrânia está este domingo no 81.º dia desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro. O dia fica marcado pela vitória ucraniana na Eurovisão (que está a ser interpretada como um sinal de apoio ao país em toda a Europa), pelo anúncio oficial da Finlândia de que se vai candidatar à NATO e pelas notícias de que a Rússia está a perder capacidades militares na região de Donbass.

Mapa atualizado a 15 de maio

Aqui fica um ponto de situação sobre o que está a acontecer na guerra. Pode acompanhar os desenvolvimentos do conflito militar também no nosso liveblog e com as reportagens dos nossos enviados especiais à Ucrânia, Pedro Jorge Castro e João Porfírio.

O que aconteceu durante a madrugada e a manhã?

  • A Finlândia anunciou formalmente que se vai candidatar à adesão à NATO. O anúncio foi feito numa conferência de imprensa em Helsínquia pelo Presidente, Sauli Niinistö, e pela primeira-ministra, Sanna Marin, que classificaram a decisão como “histórica”, mas reconheceram que vai mudar as relações com a Rússia de Putin. A Finlândia rompe, assim, com a neutralidade que manteve durante décadas.
  • A Suécia também deverá candidatar-se à NATO em breve. O partido social democrata sueco, atualmente no governo, já decidiu a posição oficial sobre o assunto e irá pronunciar-se favoravelmente à adesão da Suécia à NATO — o que abre o caminho para que o país nórdico também venha romper com a sua neutralidade.
  • A Ucrânia venceu o festival da Eurovisão. O país ganhou o concurso com a canção “Stefania”, dos Kalush Orchestra, que receberam uma autorização especial de Kiev para sair do país e atuar em Turim. “Stefania” não ganhou a votação do júri, mas recebeu um apoio esmagador na votação do público, que foi suficiente para inverter a pontuação e ganhar o concurso. Zelensky já reagiu, prometendo organizar o festival em solo ucraniano no próximo ano e sublinhando que a vitória na Eurovisão mostra o apoio popular europeu à Ucrânia.
  • A Rússia está a perder força em Donbass e já terá ficado sem um terço das tropas que mobilizou em fevereiro. A informação foi avançada pelo Ministério da Defesa do Reino Unido. “Apesar de alguns pequenos avanços iniciais, a Rússia não conseguiu obter ganhos territoriais substanciais no último mês”, diz Londres.
  • Um míssil russo atingiu uma infraestrutura militar em Lviv. Aquela tem sido a região menos atingida pela guerra e onde se refugiaram muitos dos que precisaram de fugir da região oriental do país, massacrada pela invasão russa. Não há, para já, registo de mortos ou feridos.
  • A Ucrânia acusa a Rússia de já ter cometido mais de 300 crimes contra património cultural. As regiões mais afetadas são Kharkiv, Donetsk e Kiev.
  • As autoridades de Moscovo estão a preparar a realização de um referendo em Mariupol sobre se a cidade do sul da Ucrânia deve ser integrada na Rússia. A informação foi veiculada por responsáveis ucranianos depois de ter sido anunciado um outro referendo com o mesmo objetivo na Ossétia do Sul, região que se separou da Geórgia em 2008 com o apoio de forças russas.

O que aconteceu durante a tarde e noite?

  • O partido do governo da Suécia deu luz verde à candidatura do país à NATO. O anúncio foi feito apenas algumas horas depois de a Finlândia ter comunicado oficialmente que se vai candidatar à organização.
  • Numa conferência de imprensa realizada durante a parte, a primeira-ministra e líder do Partido Social-Democrata, Magdalena Andersson, defendeu que a entrada da Suécia para a NATO é a melhor decisão. A governante disse que manter a atual neutralidade militar colocaria o país numa “situação muito vulnerável”, uma vez que, após a aprovação da candidatura da Finlândia, a Suécia será o único país do Báltico que não faz parte da NATO. “”Não é nada contra a Rússia. É o que achamos que é melhor para nós”, declarou Andersson.
  • O governo sueco vai apresentar amanhã a proposta de adesão no parlamento. Espera-se que a proposta seja aprovada por unanimidade.
  • Também amanhã, o Senado norte-americano deverá avançar com a provação de um pacote adicional de ajuda à Ucrânia no valor de 40 mil milhões de dólares (38 mil milhões de euros). A votação final deverá acontecer na quarta-feira.
  • O líder dos ucranianos Kalush Orchestra, que venceram ontem o concurso musical europeu, disse que o grupo planeia leiloar a estatueta da Eurovisão para angariarem dinheiro para o exército ucraniano. Os Kalush Orchestra ainda não decidiram como o leilão será feito, mas esperam que a iniciativa incentive a comunidade internacional a ajudar a Ucrânia.
  • As autoridades ucranianas estão a investigar pelo menos dez casos de violação envolvendo soldados russos, revelou a vice-ministra do Interior, Kateryna Pavlichenko.
  • O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, disse em Berlim que os Estados Unidos da América planeiam reabrir “muito em breve” a embaixada em Kiev, noticiou a britânica Sky News. Blinken reuniu-se este domingo na capital alemã com os homólogos alemão, britânico e francês para discutir a situação na Ucrânia.
  • Na sua mensagem diária, Volodymyr Zelensky confirmou bombardeamentos russos nas regiões de Lviv e Donetsk. O Presidente revelou ainda que a Ucrânia prevê que a Rússia leve a cabo novos ataques em Donbas e que intensifique os movimentos no sul do país. As negociações “delicadas” para retirar os membros da resistência de Mariupol e Azovstal. “Lidamos com estes problemas diariamente”, afirmou o governante.
  • Os russos planeiam enviar 25 mil reservas para a Ucrânia, revelaram as Forças Armadas ucranianas. Os recrutas estão neste momento a receber treino na Rússia.

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