Thomas Lane, um dos três ex-polícias norte-americanos acusados de assistirem à morte de George Floyd sem nada fazerem para a travar, declarou-se esta quarta-feira culpado pelo crime de homicídio involuntário em segundo grau. A informação foi avançada, em comunicado, pelo procurador-geral do Minnesota, Keith Ellison, que refere ainda que Thomas Lane e a justiça norte-americana chegaram a um acordo judicial.

“O reconhecimento de que fez algo errado é um passo importante para curar as feridas da família Floyd, da nossa comunidade e da nação. Apesar de a responsabilidade não ser justiça, este é um momento importante neste caso e uma resolução necessária para a justiça”, referiu o procurador, citado pela CNN Internacional.

O advogado de Lane, Earl Gray, explicou que o cliente aceitou assumir-me como culpado porque uma possível condenação no julgamento que enfrenta implicaria cumprir obrigatoriamente pelo menos 12 anos de prisão. O Estado avançou com uma pena de três anos para Lane, o que fica abaixo das diretrizes de sentença estatais, e concordou em permitir que o acusado cumpra o tempo numa prisão federal.

George Floyd. Três ex-polícias condenados por violar direitos

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Além de Thomas Lane, também os ex-agentes Alexander Kueng e Tou Thao foram em fevereiro considerados culpados por violação dos direitos civis do homem de 46 anos que morreu em 2020, tendo ficado em liberdade. A sentença ainda não foi lida e os três homens podem ser condenados a uma pena máxima de prisão perpétua.

Os três gentes estavam presentes no local onde morreu George Floyd e nada fizeram para impedir que o colega Derek Chauvin, que foi no ano passado condenado a 22 anos e meio de prisão, pressionasse o seu joelho sob o pescoço do afroamericano. Quando Floyd foi detido, um dos polícias ajoelhou-se sobre as costas de Floyd, outros segurou-lhe as pernas e o terceiro garantiu que as pessoas presentes se mantinham afastadas.

Derek Chauvin condenado a 22 anos e meio de prisão pela morte de George Floyd