Depois de vários crimes de guerra reportados sobre o uso de violações como tática de guerra das tropas russas na Ucrânia, a comissária dos Direitos Humanos do parlamento da Ucrânia, Liudmyla Denisova, afirmou que novos casos de abusos sexuais foram reportados na cidade de Oleksandrivka, na região de Kherson. Algumas das vítimas, menores de idade, terão morrido em função dos ferimentos.

Segundo Liudmyla Denisova explicou esta segunda-feira no Telegram, nas últimas 24 horas várias pessoas da cidade de Oleksandrivka contactaram a linha de apoio psicológico da comissão dos Direitos Humanos ucraniana para relatar os referidos episódios. A provedora definiu os perpetradores dos crimes como sendo “rashists” — um termo derivado do inglês que combina as palavras “russo” e “fascista”.

Duas raparigas de 12 e 15 anos foram violadas por rashists”, revelou Liudmyla Denisova. “Uma bebé de seis meses foi violada por um russo com uma colher de chá. Noutro caso, dois rapazes gémeos de dois anos e a sua mãe estavam em casa. Cinco rashists entraram à força, um segurou na mãe e outros dois violaram as crianças, tanto a nível oral, como anal. As crianças morreram de ruturas e perda de sangue.”

A comissária dá ainda conhecimento de um outro suposto crime, desta vez perpetrado contra um rapaz de três anos que terá sido violado em frente da mãe e que também terá morrido devido aos ferimentos.

Eu peço à Representante Especial da Organização das Nações Unidas para a Violência Sexual em Conflitos, Pramila Patte, que dê início a uma investigação a estes factos e que traga os perpetradores perante a justiça, e que tome igualmente medidas para prevenir a violência sexual pelas tropas russas”, concluiu.

A violência sexual é proibida, enquanto crime de guerra, pela Convenção de Genebra, aprovada em 1949.

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