Este domingo, assistiu-se na Ucrânia a “um dos bombardeamentos mais brutais a Mykolaiv e àquela região” localizada a sul da Ucrânia “em todo o período que dura esta guerra”. A afirmação foi feita pelo Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que no seu mais recente discurso diário ao país falou em “dezenas de mísseis e rockets” e acusou:

Os ocupantes atingiram edifícios residenciais, escolas, outras infraestruturas sociais e edifícios industriais.”

Denunciando que “o exército russo está a tentar fortalecer a sua posição nas áreas ocupadas a sul do nosso país”, e que está “a aumentar a sua atividade em áreas relevantes” desta região, Zelensky complementou: “Parte das forças russas que estavam colocadas a leste moveram-se para sul — para as regiões de Kherson e Zaporíjia”.

Apesar disto, o Presidente ucraniano mantém o tom de otimismo no discurso, relativamente à capacidade das tropas fiéis a Kiev resistirem às movimentações do Kremlin. “Nenhum dos ataques russos fica por responder por parte do nosso staff militar e dos serviços secretos”, garantiu, acrescentando: “As Forças Armadas da Ucrânia estão prontas para responder a qualquer nova atividade dos ocupantes”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Volodymyr Zelensky continua também a acreditar que “estrategicamente, a Rússia não tem hipóteses de ganhar esta guerra” e que “é preciso aguentar, para que até em termos de estratégia tática o Estado terrorista [Rússia] sinta a sua derrota”.

Temos de aguentar no sul, no leste e em todo o lado. Temos de aguentar nas áreas da Defesa, da Diplomacia e da Política. Temos de preservar a nossa unidade — e não apenas até à vitória mas também depois dela, para podermos restaurar com qualidade tudo o que foi destruído pelos ocupantes. Acredito que vamos conseguir a fazer tudo isto”, referiu.

A terminar, o Presidente ucraniano antecipou o que fará na próxima semana: “Estamos a preparar-nos para uma semana nova, como sempre muito ativa no plano internacional. Já amanhã existirão negociações importantes com os nossos parceiros europeus. Daqui a uns dias irei retomar os discursos à comunidade internacional, comunicando com diferentes públicos — é muito importante fazê-lo, sobretudo comunicar para um público estudantil”.