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A Ucrânia anunciou, esta segunda-feira, ter recuperado a localidade de Bilohorivka, perto das cidades de Lysychansk e Severdonestsk. Esta conquista, a confirmar-se, significa que a Rússia já não detém o controlo total da região de Lugansk, um dos objetivos chave definidos pelo Presidente russo, Vladimir Putin.

O governador regional de Lugansk, Serhiy Haidai, revelou que as forças ucranianas “controlam totalmente” Bilohorivka. “Temos de ser pacientes em antecipação à desocupação em larga escala da região de Lugansk. Este processo vai ser muito mais difícil do que na região de Kharkiv. Haverá uma luta difícil por cada centímetro de terra de Lugansk”, escreveu na conta de Telegram.

A recuperação de Bilohorivka colocará, assim, um fim a dois meses e meio de controlo total russo sobre a região. Lugansk e o vizinho Donetsk (que compõem o Donbass) autoproclamaram a sua independência da Ucrânia em 2014, aquando da entrada das tropas russas na Crimeia e no leste do país. A defesa destas regiões foi uma das razões invocadas pela Rússia para lançar a “operação militar especial”, para “salvar” as populações de Donetsk e Lugansk.

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Até o final do mês passado, a Ucrânia parecia mais focada em conter os avanços russos na região de Donbass, mas mudou de estratégia ao anunciar uma contraofensiva na região sul da Ucrânia, com especial foco em Kherson. No entanto, tratava-se de um golpe de contra-informação para desencadear uma operação na região de Kharkiv, no nordeste, onde as tropas ucranianas conseguiram fazer importantes progressos. A própria Rússia admitiu a retirada de tropas em quase toda a região, afirmando  que o objetivo era o de “reagrupar”.

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Na semana passada, o Presidente russo disse que Moscovo não tem pressa para terminar operações militares na Ucrânia, garantindo que o objetivo de “libertação de todo o território do Donbass” não mudou. “Este trabalho continua, apesar das tentativas de contra-ataques das forças ucranianas. As nossas operações defensivas no Donbass não param (…). Estão a um ritmo lento, mas continuam. Gradualmente, o exército russo está a ocupar novos territórios”, sublinhou numa conferência de imprensa no fim da 22.ª cimeira da Organização de Cooperação de Xangai, no Uzbequistão.