Mais de 41 mil alunos do ensino superior já têm bolsa atribuída, quase metade dos pedidos submetidos até ao momento e a maioria já foi paga, anunciou esta sexta-feira o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

Após o primeiro mês de aulas, a Direção-Geral do Ensino Superior recebeu 101.021 pedidos de atribuição de bolsa, quase tantos como em todo o ano letivo passado, em que foram apresentados cerca de 103 mil pedidos.

Até agora, pouco mais de 47 mil alunos já tinham recebido resposta, positiva para 41.780 estudantes, sendo que a maioria (36.689) também já recebeu o valor da bolsa.

“Regista-se, neste ano letivo, uma aceleração muito significativa da rapidez na atribuição e pagamento de bolsas de estudo, superando em muito o observado em qualquer outro ano letivo”, refere o Ministério em comunicado.

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No caso das bolsas já pagas, o Ministério refere que representa um aumento de 58% face ao ano letivo anterior quando, a esta altura, tinham sido pagas apenas 23 mil bolsas de estudo.

A diferença é ainda maior face a 2020, quando estavam pagas 3.412 bolsas, ainda que, nesse ano, o primeiro semestre tenha arrancado mais tarde do que o habitual, devido à pandemia de Covid-19. No final do mês de outubro de 2019 estavam pagas cerca de oito mil bolsas e apenas 1.600 em período homólogo no ano anterior.

“Para a aceleração do processo de atribuição de bolsas de estudo contribuiu, de forma muito expressiva, a introdução de mecanismos de atribuição automática de bolsa de estudo nos últimos anos”, refere o comunicado.

Segundo o Ministério, esse mecanismo beneficiou particularmente os estudantes que entraram este ano no ensino superior.

Este ano, foi alargado o limiar de elegibilidade para acesso à bolsa, permitindo abranger um maior número de estudantes, e foi garantida a atribuição automática de bolsa a todos os estudantes beneficiários de um dos três primeiros escalões de abono de família, que ingressem através do concurso nacional de acesso.

No próximo ano, o limiar de elegibilidade vai ser novamente alargado, sendo que o Orçamento do Estado para 2023, aprovado na generalidade na quinta-feira, prevê ainda um novo complemento no valor máximo de 250 euros anuais para apoiar as deslocações dos estudantes bolseiros entre as localidades da sua residência habitual e as localidades das instituições de ensino que frequentam.