A moção de censura apresentada pela Iniciativa Liberal vai ser discutida e votada na quinta-feira, 5 de janeiro, às 15h00, mas vai ser antecedida pelo debate de urgência pedido pelo PSD já esta quarta-feira, 4 de janeiro. O debate pedido pelo PSD não obriga à presença do primeiro-ministro.

Apesar da posição contra da Iniciativa Liberal e do Bloco de Esquerda, a Conferência de Líderes determinou agendar a moção de censura para quinta-feira, alegando que a tomada de posse dos membros do Governo marcada para quarta-feira às 18h e a hora de entrada do texto da moção não obrigam o Parlamento a marcar o debate já para quarta-feira. O líder da bancada da IL, Rodrigo Saraiva diz que Augusto Santos Silva “acabou de dizer que o regimento não vale de nada”.

Assim, ficou o debate marcado para quarta-feira e a moção de censura para quinta, já com os novos ministros empossados. A Iniciativa Liberal entende que “a moção não fica esvaziada pelo debate de atualidade”, até porque, Eurico Brilhante Dias, líder da bancada socialista, disse que “o Governo não se fará representar por nenhum dos principais protagonistas” tendo uma moção de censura no dia a seguir, essa sim com a presença do primeiro-ministro.

Sem António Costa, o PSD pediu a presença de Fernando Medina, por entender que é “a segunda figura que tem mais explicações a dar”, disse Joaquim Miranda Sarmento. O Chega abdicou do debate pedido sobre o mesmo assunto e vai acompanhar a moção de censura da Iniciativa Liberal que contará também a abstenção do Bloco de Esquerda. PS e PCP já anunciaram que vão votar contra.

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