O Governo vai ter uma despesa total de 30 milhões de euros com a Jornada Mundial da Juventude de 2023, segundo um comunicado emitido este sábado, 28 de janeiro, pelo Ministério dos Assuntos Parlamentares. As despesas com a JMJ estão repartidas entre o Governo, as autarquias e a Igreja.
De acordo com a nota de esclarecimento sobre a “responsabilidade financeira do Estado”, desse valor, 8,2 milhões de euros destinam-se a um contrato adjudicado pela Infraestruturas de Portugal para deslocar o terminal de contentores da zona ribeirinha do parque da Bobadela, com o intuito de requalificar, valorizar e permitir a sua “fruição”.
A este montante, continua o comunicado, acresce a aquisição das torres multimédia, instalações sanitárias, transmissão televisiva, abastecimento de água, uma ponte militar, a promoção do país no estrangeiro, o centro de comando e segurança e os centros de apoio à imprensa (nacional e internacional). Também serão prestados apoios nas áreas da saúde, segurança, mobilidade e socorro.
“As responsabilidades e compromissos assumidos pelo Estado na Jornada Mundial da Juventude poderão ir assim até aos 21,8 milhões de euros”, pode ler-se.
O total da despesa, conclui o documento, será de 30 milhões de euros sem IVA, “que reverte para o Estado”.
O Observador confirmou, porém, junto do fonte do Ministério, que apesar de se referir aos “compromissos assumidos pelo Estado na Jornada Mundial”, o comunicado refere-se apenas aos gastos que o Governo terá com evento — não se incluindo aqui as autarquias vão gastar no evento (também elas Estado).
Aliás, as responsabilidades financeiras no evento estão repartidas entre três entidades: o Governo, as câmaras e a própria Igreja. Inicialmente previa-se que o Governo gastasse 36,5 milhões de euros, tal como o Observador então noticiou. Já a previsão da Câmara de Lisboa era gastar 29 milhões de euros, a de Loures 9 milhões, enquanto a Igreja previa gastos na ordem dos 2,9 milhões de euros.
Feitas as contas, os encargos para o Estado (somando despesas pagas pelo Governo e pelas autarquias) rondam os 68 milhões de euros.
(Artigo atualizado às 19h13 com o esclarecimento que apesar do comunicado do Ministério dos Assuntos Parlamentares se referir ao “Estado” não está a incluir autarquias, mas apenas o Governo)