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As operações ofensivas do grupo paramilitar Wagner no leste da cidade ucraniana de Bakhmut parecem ter atingido uma pausa tática temporária. Esta é a avaliação que o Instituto para o Estudo da Guerra (ISW, na sigla em inglês) faz no mais recente relatório sobre o conflito na Ucrânia, que se prolonga há mais de um ano.
O think tank norte-americano refere que não há relatos de operações ofensivas do grupo Wagner em direção à zona central de Bakhmut desde que, a 7 de março, as forças russas capturaram o território a leste do rio Bakhmutka. Segundo o ISW, a companhia militar privada não estará para já preparada para cruzar o rio e chegar à área central da cidade, após meses de ataques frontais “desgastantes” que terão consumido uma “quantidade significativa” de pessoal e recursos.
“Não é claro se os mercenários Wagner vão manter a sua preponderância operacional nas futuras ofensivas russas na cidade”, lê-se ainda no relatório, acrescentando que o grupo paramilitar pode estar agora a “esperar” pelo reforço das tropas do Ministério da Defesa.
Além disso, o think tank diz que as forças russas podem “estar a preparar-se para retomar a ofensiva nos arredores de Vuhledar, apesar dos problemas relacionados com as munições e o pessoal”.
Esta sexta-feira o líder da companhia privada alegou que as tropas ucranianas estão a planear uma contraofensiva na área de Bakhmut. “Sim, é um facto bem conhecido que o inimigo está a preparar uma contraofensiva. Claro que estamos a fazer tudo o que podemos para evitar que isto aconteça”, afirmou, segundo uma publicação partilhada pelo serviço de imprensa na conta oficial de Telegram.
Um porta-voz do Exército ucraniano confirmou esta sexta-feira que os combates prosseguem em Bakhmut, que descreveu como o “ponto mais quente” da linha da frente. “Pelo menos 20 dos 188 ataques na direção de Bakhmut apontados diretamente para a cidade”, disse à CNN Serhii Cherevatyi.
O porta-voz disse ainda que um terceira onda de combatentes do grupo Wagner a lutar na área está a ser substituído pelas forças regulares russas.