O Presidente francês, Emmanuel Macron, reúne-se esta terça-feira com representantes da indústria de defesa para fazer um balanço da transição para uma “economia de guerra” e incentivá-los a “assumirem riscos”, especialmente nas exportações de armas.
A presidência francesa (Palácio do Eliseu) divulgou esta segunda-feira que Macron vai receber nove responsáveis da indústria de defesa, depois de em junho ter pedido uma mudança para uma “economia de guerra”, perante a invasão russa da Ucrânia e a necessidade de enviar cada vez mais armas para Kiev.
França. Trabalhadores do Louvre bloqueiam entradas do museu contra nova lei das pensões
Desde então, várias reuniões com fabricantes ocorreram com o ministro das Forças Armadas, Sébastien Lecornu.
Com o incentivo para que o crescimento da indústria de defesa avance, o objetivo é produzir cada vez mais rapidamente e também preparar o Exército francês no caso de um grande conflito.
Desta vez é o próprio chefe de Estado que reúne os responsáveis para garantir que estes prosseguem a “mudança cultural”, realçou fonte do Eliseu.
Entre estes estão Nicolas Chamussy (Nexter), Eric Trappier (Dassault Aviation), Pierre-Eric Pommellet (Naval Group), Patrice Caine (Thales) e Guillaume Faury (Airbus), noticiou a agência France-Presse (AFP).
“O Presidente vai obviamente confirmar aos fabricantes que o Estado vai continuar este esforço de defesa e por isso vamos continuar a investir em programas nacionais”, o que lhes garante “visibilidade face às encomendas nacionais”, acrescentou a mesma fonte.
Por parte do Estado, isto significa “o aumento da assunção de riscos”, que irá agilizar os seus procedimentos e reduzir as suas especificações para “obter mais, mais barato e mais rápido”, detalhou o Palácio do Eliseu.
Este aumento de riscos “deve ser acompanhado pelos próprios fabricantes” no caso das exportações, quer para a União Europeia, quer para “muito mais além”, vincou a presidência.
“Pedimos aos fabricantes” que sejam “ainda mais agressivos na conquista de novos clientes de exportação” para “sustentar no tempo” estes materiais “que produzimos rapidamente e em grande quantidade”, concluiu.