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Depois de visitarem Kiev, sete líderes africanos viajaram este sábado até São Petersburgo para se reunir com o Presidente russo. Objetivo: falar sobre paz, sobre o fim da guerra na Ucrânia e convencer Putin a retirar as tropas do território ucraniano. Mas, dentro da sala do palácio Konstantinovsky, Vladimir Putin interrompeu os discursos dos visitantes para mostrar um papel que tinha à sua frente, pousado na mesa.

Era, segundo a agência TASS, o rascunho de acordo para alcançar o fim da guerra, feito entre a Rússia e a Ucrânia, em março do ano passado, em Istambul, onde decorreram várias reuniões de negociação entre os dois países.

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“Gostava de chamar a vossa atenção para o facto de, com a presença do Presidente turco Erdogan, como vocês sabem, realizaram-se várias negociações entre a Rússia e a Ucrânia na Turquia para elaborar medidas para alcançar a confiança e elaborar também um texto de acordo”, começou por dizer Putin.

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Com o papel que o Presidente russo diz ser o rascunho do acordo na mão, Putin acrescentou ainda que o “rascunho foi assinado pelo chefe da equipa de negociação de Kiev. Ele colocou a sua assinatura aqui. Aqui está“.

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Putin já tinha referido anteriormente que o governo de Zelensky não estava disponível para negociar um acordo de paz com a Rússia e, desta vez, decidiu levar os documentos. “Depois de nós, como combinado, afastarmos as nossas tropas de Kiev, as autoridades de Kiev, tal como os seus líderes costumam fazer, mandaram tudo para o lixo da História”, acrescentou.

Este sábado, Putin esteve então reunido com a delegação africana, que incluiu os presidentes CyrilRamaphosa (África do Sul), MackySall (Senegal), HakaindeHichilema (Zâmbia) e AzaliAssoumani (Comores, que dirige atualmente a União Africana), além de representantes congoleses, ugandeses e egípcios.

“Estamos abertos a um diálogo construtivo com todos aqueles que querem paz, tendo como base os princípios da justiça e da consideração dos interesses legítimos das duas partes”, disse o Presidente russo.