O vice-presidente do Governo dos Açores, Artur Lima, acusou esta segunda-feira o BE de fazer “demagogia no seu estado mais puro” devido a uma proposta para assegurar a gratuitidade do ensino superior para alunos da região.

São demagogia no seu estado mais puro as propostas do BE. Gostaria de dizer que nós já apoiámos 896 estudantes com as propinas”, declarou o número dois do executivo regional.

Artur Lima falava aos jornalistas após uma visita ao Centro Comunitário do Espírito Santo da Vila Nova, no concelho da Praia da Vitória, na ilha Terceira.

O vice-presidente do Governo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM) reagia a uma iniciativa do BE que, no sábado, defendeu o pagamento integral de propinas e a criação de apoios ao alojamento e às deslocações para todos os estudantes do ensino superior residentes no arquipélago.

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Já atribuímos até hoje 450 bolsas. O BE o que sabe fazer é demagogia na sua forma mais pura. Não é capaz de fazer propostas”, condenou o governante, que tutela a Ciência e a Solidariedade Social.

Além das medidas da vice-presidência, Artur Lima destacou ainda que o executivo açoriano prevê apoiar o pagamento das propinas no âmbito do programa Qualifica Superior, da responsabilidade da Secretaria Regional da Juventude, Qualificação Profissional e Emprego, que prevê apoios para empregados e desempregados de até 2.000 euros para pós-graduações e 870 euros por cada ano de licenciatura.

No final do ano letivo 2022/2023, o valor total do apoio concedido aos 300 estudantes beneficiários de bolsa de estudo foi de 825.000 euros, segundo revelou o executivo em dezembro de 2022.

No apoio destinado ao pagamento de propinas, foram abrangidos 893 estudantes naquele ano letivo, tendo sido despendidos 207.470 euros, o que representa 232,33 euros por cada aluno.

No sábado, o coordenador do BE/Açores considerou que “as bolsas do ensino superior são insuficientes” e que o programa de apoio ao pagamento de propinas criado pelo Governo Regional cobre apenas um terço da propina e chega a uma pequena parte dos estudantes (150), deixando de fora alunos que cumprem os critérios para aceder.