A quarta vitória consecutiva no Campeonato, mais um triunfo na Taça de Portugal, um deslize na Supertaça e nova ida à fase de grupos da Champions mais para “apalpar” terreno a jogar contra os melhores da Europa do que propriamente para traçar grandes objetivos desportivos. A última temporada do voleibol do Benfica foi quase uma confirmação da hegemonia inicial com a chegada de Marcel Matz ao comando técnico da equipa em 2018, sendo que a par da tentativa de garantir todos os títulos nacionais em disputa (daqui a uma semana e meia terá a Supertaça com a Fonte do Bastardo) havia sempre essa meta de ir evoluindo a nível europeu. Agora, a perspetiva internacional ganhava outra dimensão com a estreia no calendário da Taça Ibérica.

“Estamos muito motivados. É mais um troféu em disputa, uma disputa de nível alto e difícil, na casa do adversário, mas o trabalho que fizemos nos últimos 45 dias foi muito bom. Acredito que temos condições para vencer. Acredito que a equipa vai crescer durante a época mas precisamos de tempo. Houve superioridade frente ao Almería [num jogo particular], estamos um degrau acima, mas nem de perto ficámos perto do que podemos fazer, fruto da qualidade dos nossos jogadores. Sporting e Soria estão muito próximos, o Guaguas [campeão espanhol] tem uma equipa montada para a Liga dos Campeões. São equipas que querem este tipo de duelos”, frisara o técnico brasileiro dos encarnados, que recebeu nos últimos dias os internacionais portugueses Ivo Casas e Tiago Violas e ainda espera o canadiano Pearson Eshenko.

O Benfica foi o primeiro a entrar em campo para defrontar o Rio Duero Soria e a estreia em termos oficiais na temporada dificilmente podia ter corrido melhor. Com Tiago Violas, Felipe Banderó, Pablo Natan, Japa, Lucas França, Peter Wohlfahrtstätter e Ivo Casas como opções titulares entre outros nomes que foram chamados durante o encontro, os encarnados venceram por 3-0 (25-18, 25-21 e 27-25) e carimbaram o primeiro bilhete para a final da Taça Ibérica, onde terão mesmo pela frente o campeão espanhol Guaguas.

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“Foi uma pré-época dura mas a equipa entregou-se e acumulámos semanas valiosas. Apresentam-se todos nos níveis que desejávamos e também com os índices de confiança alicerçados em encontros consistentes. Estamos num bom ponto de partida tendo em conta a reestruturação profunda que iniciámos esta temporada e os novos jogadores estão a assimilar as ideias, têm-se integrado bem enquanto conhecem os cantos à casa. Vamos ter um jogo duríssimo frente a uma equipa que investiu nos últimos anos não só para ganhar internamente mas também para fazer uma boa figura na Liga dos Campeões. Mantiveram o seu principal jogador, um zona 4 italiano, e ainda foram buscar um argentino muito reconhecido. Partem um pouco à frente pelo investimento, jogam em casa e porque nós ainda não estamos na máxima força”, tinha referido o técnico leonino João Coelho, que ainda assim colocava o triunfo como uma meta “possível”.

O encontro acabou por mostrar isso mesmo, com a nova versão dos leões a vender cara a derrota frente a um campeão espanhol em início de. temporada, perdendo apenas na “negra”. O Sporting conseguiu vencer o primeiro set por 25-23, perdendo os parciais seguintes por 25-16 e 25-22 antes de voltar a empatar o jogo com novo 25-23. No set decisivo, o conjunto verde e branco acabou por ceder por 15-13.