A final de voleibol começou a jogar-se nos bastidores a meio de março, quando o Sporting venceu o Benfica pela primeira vez em três anos. Continuou a jogar-se uma semana depois, quando o Sporting voltou a vencer o Benfica para chegar à final da Taça de Portugal que acabou por conquistar. E está agora a jogar-se finalmente em campo, sem que seja possível antever qual será o próximo campeão nacional.

O Benfica venceu o Jogo 1 da final, no Pavilhão da Luz, com o Sporting a responder no Pavilhão João Rocha e a empatar o playoff no Jogo 2. Este domingo, novamente na Luz, encarnados e leões eram obrigados a desempatar a eliminatória de apuramento do campeão nacional — e a ideia de favoritismo, independentemente do fator casa ou da última equipa a ganhar, já estava completamente dissipada.

Sporting vence Benfica e empata final do nacional de voleibol

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“Mostrámos que temos capacidade para enfrentar o Sporting lá e isso foi o que achei de interessante no jogo. O sentimento da derrota… Chegámos perto da vitória e mais perto do pentacampeonato. O objetivo era jogar lá para ganhar. Foi equilibrado, tal como tinha sido aqui. Fomos inferiores em algumas situações, iguais em outras e também superiores, mas temos capacidade de melhorar e precisamos de melhorar. É nisso que me vou focar com os jogadores, ser claro e objetivo para eles serem melhores e conseguirmos a vitória no terceiro jogo”, disse Marcel Matz, o treinador encarnado, que procura carimbar o pentacampeonato.

Do outro lado, João Coelho mostrava-se confiante. “Baixámos de qualidade no terceiro set do jogo anterior, mas fomos atrás do resultado. O momento em nada nos afetou. Saímos vivos para lutar pelo título. Devemos isso aos adeptos e temos um grande sentido de responsabilidade, não há impossíveis. Podemos ganhar, estamos a jogar de igual para igual. É impossível estar sempre por cima do encontro, mas fomos justos vencedores. Jogamos em casa no dia 1 de maio, mas queremos ganhar na Luz, no domingo. Sabemos que teremos poucos adeptos, porque há futebol, mas acreditamos sempre. Temos noção do que pedimos para nós, só por uma vez na história o clube conseguiu a dobradinha”, atirou o treinador leonino, que ia atrás do primeiro título nacional do clube desde 2018.

Assim, na Luz, o primeiro set começou com um enorme equilíbrio que só se desfez a partir dos 15 pontos, altura em que o Benfica conseguiu descolar do Sporting e João Coelho confirmou o ascendente do adversário ao pedir o primeiro desconto de tempo. Os encarnados dominaram grande parte do set, chegando a ter dois pontos de vantagem enquanto estavam a três de vencer e muito graças a uma exibição impressionante de Felipe Banderó, mas acabaram por permitir uma recuperação louvável do Sporting. O set demorou até ficar decidido, prolongando-se entre vantagens e set points para os dois lados, mas os leões levaram mesmo o primeiro triunfo da tarde (29-31).

O Benfica começou melhor no segundo set, conseguindo alcançar dois pontos de vantagem numa fase ainda muito inicial, mas o Sporting não demorou a empatar e a disputar a liderança do marcador. O filme do primeiro set repetiu-se, com os encarnados a revelarem algum ascendente e a chegarem aos três pontos de vantagem e os leões a responderem na ponta final, mas a equipa de Marcel Matz acabou mesmo por conseguir capitalizar e empatou a partida (25-21).

A lógica manteve-se no dois sets finais, com os encarnados a vencerem o terceiro set com maior tranquilidade (25-20) e a fazerem xeque-mate no quarto, onde alcançaram a maior vantagem do encontro (25-17). No fim, o Benfica venceu o Sporting (3-1) e ficou em vantagem na final do Campeonato de voleibol, podendo carimbar o pentacampeonato nacional já na próxima quarta-feira, no Pavilhão João Rocha.