A taxa de inflação homóloga da zona euro acelerou em dezembro para os 2,9%, face aos 2,4% de novembro, segundo uma estimativa rápida divulgada esta sexta-feira pelo Eurostat, interrompendo a tendência em baixa dos últimos sete meses.
Na zona euro, o serviço estatístico da União Europeia aponta para um abrandamento em dezembro na taxa de inflação subjacente (a que calcula a evolução dos preços sem ter em conta os elementos mais voláteis) para os 3,4%, valor que compara com os 3,6% de novembro de 2023.
Em dezembro de 2022, a taxa de inflação homóloga da zona euro era de 9,2%.
Apesar deste aumento da inflação em dezembro de 2023, a subida não foi tão pronunciada quanto aquilo que os analistas anteviam. “A subida da inflação vem lembrar-nos que é improvável que haja cortes da taxa de juro [pelo BCE] neste primeiro trimestre mas não afeta as expectativas de que possa haver cortes mais à frente neste ano”, dizem os analistas do ING em nota de análise onde reiteram que, na sua leitura, o primeiro corte da taxa de juro deverá vir em junho.
Ainda assim, esta não é a expectativa mais consensual nos mercados. De acordo com a negociação dos contratos futuros de Euribor, neste momento os investidores admitem que o primeiro corte da taxa de juro poderá vir mais cedo, em março.